Teresópolis, RJ – O clima de Teresópolis desta quarta-feira combinou muito com o ambiente de derrota. Frio e névoa praticamente o dia todo. O trabalho de recuperação dos jogadores foi feito todo na parte reservada a delegação.
Normalmente em dias seguidos aos jogos, pelo menos, os reservas vinham ao campo. Nesta quarta, também foram poupados.
Durante a tarde, todos juntos foram assistir Holanda e Argentina. A torcida se dividiu, a maioria querendo que a Argentina vencesse.
Nesta quinta-feira, às 16h, Neymar vai se reintegrar ao grupo, vai dormir na Granja Comary, e na sexta-feira,viaja junto com os companheiros para Brasília para no sábado assistir ao jogo. A intenção dele é assistir do banco de reservas.
A Seleção retornou a Teresópolis a 1h50 desta quarta-feira (9). A segurança foi reforçada, mas eram pouquíssimos torcedores à espera do ônibus. Nesta quarta-feira, o cenário não mudou. Diferentemente dos últimos 45 dias que sempre tiveram muita festa e muito barulho.
Granja Comary vazia. O melancólico dia seguinte à eliminação foi um novo dia de explicações.
Toda a comissão técnica compareceu à sala de entrevistas. Só Felipão e Parreira falaram durante 49 minutos. E deram o tom do sentimento de todos.
“Perdemos como nunca havíamos perdido em termos de Seleção. É histórico, sim”, afirmou Parreira. “Foi doída a derrota, na maneira que aconteceu, não por ter perdido o jogo para a Alemanha”, completou.
“Vai para a história. E quando nós começamos nós sabíamos disso. Eles também sabiam, os jogadores”, comentou Felipão.
Essa derrota foi a pior em cem anos de história. A goleada por 7 a 1 ainda acrescentou números muito ruins para a campanha da Seleção.
Julio César sofreu 11 gols. Nunca uma defesa brasileira foi tão vazada numa Copa.
Os atacantes, com exceção de Neymar, tiveram um baixíssimo aproveitamento. Hulk, Bernard e Jô passaram em branco até agora. Fred, o camisa 9, que deu apenas onze chutes em seis jogos, marcou uma vez de cabeça. Na terça-feira, no Mineirão, ele deixou o campo vaiado no momento do sexto gol alemão.
Felipão utilizou 20 jogadores e na entrevista repetiu o discurso de que acertou na convocação final.
“Acho que se nós fossemos de novo fazer uma convocação, provavelmente, eu e vocês, íamos atingir 95% dos mesmos nomes”, defendeu o técnico.
A quantidade de treinos, folgas e repouso foi um tema bastante abordado.
“Tudo planejado. Dia após: regenerativo, 48 horas após: musculação, 72 horas: treino técnico. Nós não tivemos lesão nenhuma”, afirmou Felipão.
Esta tarde não houve trabalho no campo. Serão mais dois treinos na Granja Comary até a disputa do terceiro lugar em Brasília.
“O jogo de sábado passou a ser o nosso sonho principal, já que nós deixamos de sonhar com o título”, disse o técnico.
Amazonianarede – JN
