“Não é o Brasil que está contra a reforma da Previdência, é Brasília”, diz Guedes

“Não é o Brasil que está contra a reforma da Previdência, é Brasília”, diz Guedes

Ministro  Da Economia Paulo Guedes diz quem resiste a reforma da previdência são os lobistas

Brasilia – O ministro Paulo Guedes (Economia) disse que a maior resistência à aprovação da reforma da Previdência acontece em Brasília por meio de lobistas e não pela população. O economista, porém, afirmou acreditar que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) será aprovada com a economia de, pelo menos, R$ 1 trilhão em 10 anos.

“É evidente que o lobby contra está aqui em Brasília. Não é o Brasil que tá contra a reforma da Previdência não, é Brasília. É importante entender isso. E tem dinheiro, hein?”, afirmou durante o seminário “Previdência: por que a reforma é crucial para o futuro do país?”, realizado pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas nesta 4ª (22.mai.2019).

Ele voltou a afirmar ainda que a aprovação da PEC que reforma o sistema de aposentadorias vai “abrir os portões do retorno do crescimento econômico” e que “não há alternativa”, uma vez que o “regime antigo quebrou” –em referência ao sistema de repartição, no qual cada aposentado tem o benefício pago pelos trabalhadores ativos.

O economista voltou a defender que o projeto remove privilégios e reduz desigualdades. Criticou ainda os juízes que têm se posicionado contra a cobrança de uma alíquota de 22% para servidores públicos civis que recebem a mais de R$ 39 mil. “Vai ter sempre 1 juiz que vai falar ‘ah, isso é confisco’. Pelo amor de Deus, fica quieto, não chateia que daqui a pouco o troço vai ficar pior. Vai ser igual na Grécia, vai quebrar tudo”.

Renomeando a capitalização

O ministro pediu ainda que a imprensa passe a se referir ao sistema de capitalização –no qual cada trabalhador poupa para sua própria aposentadoria em vez de bancar o benefício dos atuais aposentados– como “poupança garantida”.

Guedes negou que a adesão ao regime será para beneficiar bancos. “Não é banco, é uma indústria separada de instituições de Previdência”, declarou. Ele afirmou ainda que o novo sistema trará 1 “choque de emprego” por tornar a contratação mais barata através da desoneração da folha de pagamento.

Articulação política

O ministro assumiu que o governo deve melhorar a comunicação, mas negou que haja pouco esforço do presidente Jair Bolsonaro no convencimento em prol da pauta. “Eu tenho que agradecer muito o apoio do presidente. Eu não posso reclamar nada. Ele faz isso com dor, eu faço isso com dor, agora, tem que ser feito”, disse.

Ele agradeceu ainda o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). “Como é que eu vou dizer que a classe política não tá fazendo a parte dela?”, defendeu.

Privatizações e pacto federativo

O ministro afirmou ainda que da meta de obter quase R$ 100 bilhões em privatizações, já conseguiu R$ 11 bilhões. “Mas não estamos nem falando porque por enquanto não tem peixe grande”. As de maior montante virão “daqui a pouco”, declarou sem dar mais detalhes.

O economista disse ainda que o objetivo das vendas e concessões é reduzir a dívida pública. “Com equilíbrio fiscal, os investimentos privados voltam. Aí nós vamos olhar o resto do programa que já tá sendo trabalhado”, encerrou.

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