MP investiga esquema de lavagem de dinheiro usado por Roger Abdelmassih

19-08rogerEx-médico estava foragido desde 2010 e além do agravamento da pena deve responder também por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Roger Abdelmassih, de 70 anos, foi preso nesta terça (19), em Assunção, no Paraguai, enquanto levava os filhos gêmeos ao colégio. Ele foi levado a Foz do Iguaçu e deve chegar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na quarta-feira, por volta das 13h.

O ex-médico era um dos maiores especialistas em reprodução humana do País. Após condenação, em 2010, por 59 estupros a 37 vítimas, ele fugiu e passou a ser um dos homens mais procurados pela Polícia Civil de São Paulo.

“Além do agravamento da pena, ele deve responder por outros crimes como falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Estes crimes ainda estão sendo investigados”, disse, em coletiva de imprensa, nesta terça, o procurador Luiz Henrique Cardoso dal Por.

Os policiais receberam uma série de informações de que Roger Abdelmassih estaria em Avaré. As investigações de uma fazenda de laranjas, que ele havia vendido, mas mantido a sede em sua posse, foram essenciais para que o fugitivo fosse encontrado.

“Havia informação de que ele estava prestes para se mudar para lá. Apreenderam documentos que levantavam a suspeita de que empresas estavam sendo usadas para fazer a lavagem de dinheiro para mandar dinheiro para o exterior”, disse o procurador geral da justiça, Marcio Ferreira Elias da Rosa.

As investigações correm em segredo de justiça e não foram divulgados o número nem o nome das pessoas envolvidas.

De acordo com o procurador, “certamente mandavam muito dinheiro”. Como Roger Abdelmassih estava foragido, ele não podia trabalhar formalmente.

“Agora vamos iniciar a apuração de como ele estava se mantendo lá. A fuga é a atividade mais cara que existe. Ele tinha patrimônio para isso, mas também precisava gerar renda”, disse.

Os procuradores não confirmaram a informação, mas acreditam que Abdelmassih será encaminhado para o Presídio do Tremembé. “É possível que vá para Tremembé, mas a decisão é a Secretaria de Segurança Pública e da SAP”, disse Rosa.

Fonte: IG

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