Manaus – A violência continua imperando na cidade, com arrastões, assassinatos, assaltos estupros, etc, como ocorreu no sabão num arrastão que resultou na morte de um motorista de ônibus. Familiares e amigos acompanharam o velório do motorista de ônibus Márcio Gama da Silva, de 37 anos, neste sábado (2). Sob forte comoção, o grupo prestou homenagem a Márcio que foi esfaqueado durante arrastão na sexta-feira (1º), em um terminal de fim de linha no bairro Cidade de Deus, na Zona Leste de Manaus.
O velório foi realizado em uma igreja Adventista, no bairro Compensa, Zona Oeste. O corpo será levado para uma funerária no bairro Cidade Nova, próximo ao Terminal 3, na Zona Norte nesta tarde. No local, motoristas e cobradores de ônibus deverão se reunir para homenagear o profissional. O sepultamento esta programado para este domingo (3), as 9h, no cemitério Parque Tarumã, Zona Oeste.
Visivelmente angustiada com a perda, a mulher da vítima, a comerciante Alessandra do Carmo da Silva, 38, explicou que o marido nunca tinha reagido a nenhum dos inúmeros assaltos sofridos ao longo dos 9 anos de trabalho. Desta vez, Márcio foi vítima dos assaltantes no ponto final da linha do ônibus 448, no bairro Cidade de Deus. Dois homens, um portando arma de fogo e outro com uma faca, chegaram no local anunciando o assalto, por volta das 17h da sexta-feira (1º).
“Eles [assaltantes] saíram arrastando tudo de todo mundo que estava lá. Levaram a chave da moto dele [motorista] e dos outros colegas. Aí me parece que eles [os assaltantes] já iam embora e, acho que com raiva, ele [motorista] agarrou um que estava com a arma de fogo. O outro veio pelas costas dele e o furou”, contou a esposa ao G1.
Márcio deixou esposa e dois filhos, de 15 e 8 anos. “É mais um pai de família que morre, meus filhos vão ficar órfãos e a gente não vê providência nenhuma. Estamos vivendo na misericórdia de Deus. Há dois meses enterrei meu filho mais velho, e agora vou enterrar meu marido”, afirmou. Como Márcio nunca reagiu a nenhum assalto sofrido, a notícia do homicídio surpreendeu aos amigos.
“Ele era uma pessoa bastante calma, tranquila e nunca brigou com ninguém. Ele sempre relatava os assaltos, mas nunca tinha acontecido esta situação. Ele gostava muito da profissão e a família está muito triste “, disse o amigo e motorista Valter Sampaio, de 53 anos.
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