Manaus, AM – Cerca de 30 moradores e representantes da Associação Comunitária da Baixada Fluminense, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, realizaram uma manifestação contra a construção de um muro em uma área verde no local. O ato foi feito nesta quarta-feira (15). Segundo os manifestantes, a obra é erguida em local indevido.
De acordo com a comunitária Jaqueline Costa, de 31 anos, a Associação já existe desde 1988 e tem o intuito de zelar pela área verde que existe na comunidade. Segundo ela, trabalhadores começaram a construir um muro de larga extensão em área verde.
Paredão
“Existe uma certa pessoa que está construindo um paredão em toda a área verde da baixada. Investigamos em secretarias e na Prefeitura de Manaus e soubemos que toda área verde da baixada virou área particular. Sabemos que esta área não é apenas uma área verde. É também de preservação permanente, que faz parte do projeto do corredor ecológico do Sauím de Coleira”, disse.
Coforme Costa, por este fato, a área não deve ser devastada, virar propriedade particular e ter um muro construído. “A obra não foi embargada. Temos protocolo no Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas) e levamos para a Justiça. Isto é uma área verde e tem que ser preservada. Podem começar a murar, mas queremos que a Justiça interfira para isso ir para o chão. Aqui é um corredor ecológico”, finalizou.
Apelo da Associação
A presidente da Associação Comunitária, Sigliane Almeida, de 41 anos, pede que os órgãos responsáveis pelo meio ambiente iniciem medidas para que a área volte a ser preservada.
“Vemos animais fugindo para as nossas casas. É preguiça, cobra, camaleões, macaco. Estamos revoltados com esta situação. Perguntamos onde estão os órgãos competentes para impedir que isto aconteça?”, questionou Almeida.
A moradora da Baixada Fluminense Elizângela Leão, de 40 anos, afirmou que se sente impotente por ter uma área a ser preservada e pessoas construírem um muro no local. “Moramos em um paraíso. Com estas pessoas fazendo isso, este paraíso vai acabar”, afirmou.
O G1 entrou em contato com o Implurb e a Semmas para saber sobre a situação da obra que é feita na área verde na Baixada Fluminense e aguarda resposta dos órgãos.
Amazonianarede-Rede Amazônica