O I Simpósio de Mercados e Feiras, coordenado pela Secretaria Municipal de Empreendedorismo e Abastecimento (Sempab), recebeu nesta quarta-feira, 3, aproximadamente 300 participantes entre feirantes e administradores de feiras.
Por meio de intercâmbio com palestrantes do Mercado Municipal de São Paulo, os profissionais receberam orientações, formas e sistemas de como desenvolver com funcionalidade e qualidade do setor em Manaus.
Este primeiro encontro teve como meta repassar o maior número de informações possíveis para que no futuro, várias dessas ideias possam ser inseridas nas feiras e nos mercados de Manaus.
“O Mercado Municipal de São Paulo é um modelo a ser seguido, pois existem sim muitas ideias que podem ser implantadas nas nossas feiras para fazer o setor crescer e atrair cada vez mais a atenção da população”, comentou o secretário de Abastecimento, Jefferson Praia.
De acordo com ele, o grande desafio do setor de hortifrutigranjeiros da cidade é conseguir mudar o conceito de administração que existe e que tem feito com que a população se afaste gradativamente deixando estes espaços vazios. Para o palestrante José Roberto/SP, ex-Supervisor Geral de Abastecimento de São Paulo, é primordial que o setor público mude a sua legislação.
“Ideias e formas para resolver a situações de higiene e conservação dos espaços públicos existem, o que tem de ser feito é coloca-las em pratica”, afirmou.
Quanto à qualidade dos produtos comercializados, foi dito nas palestras que é de fundamental importância manter os hortifrutis embalados e em local limpo, bem como o setor de carne e peixe condicionados em local refrigerado, pois assim o produto terá um tempo maior de conservação. Célia Alas Rossi, Médica veterinária do Mercado municipal de São Paulo, comentou que o desafio é grande e que a prefeitura precisa de muito diálogo e poder de convencimento para mudar a realidade em que hoje vivem os feirantes.
Dicas
Os permissionários ganharam varias informações de como desenvolver suas vendas, através das realizações promovidas pela parceria entre poder publico e donos de bancas nas feiras e mercados. Ângela Maria Piccoloto Souza, Presidente da associação dos Comerciantes do Mercado da Lapa (ACOMEL/SP), demonstrou o fortalecimento da categoria através da participação das parcerias e a criação de uma associação para falar em nome de todos.
“Uma associação é vista como pessoa jurídica, que responde por todos os associados, isto gera força na hora das negociações”, afirmou.
Outro ponto importante na palestra foi quanto ao trabalho do ministério do trabalho em proteger a criança e o adolescente do trabalho escravo. Segundo pesquisas do próprio Ministério, toda criança que se envolve com algum tipo de trabalho, quando adulto não terá remuneração maior do que um salário mínimo.
“Esperamos que essa conversa aqui seja entendida e que todos possam contribuir com o Ministério do trabalho a acabar com o trabalho infantil”, argumentou.
Texto: Alex Mello
Foto: Altemar Alcântara