Matança nos presídios  do Amazonas chega aos 50 detentos

Matança nos presídios  do Amazonas chega aos 50 detentos

Os corpos foram encontrados nesta segunda e indícios apontam mortes por asfixia. No domingo, briga havia deixado 15 mortos no Compaj .As visitas nos presídios estão suspensas temporariamente.

Manaus, AM – Quarenta e dois presos foram encontrados mortos dentro de cadeias em Manaus nesta segunda-feira (27), informou o Governo do Amazonas. Na véspera, uma briga entre presos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) deixou 15 presidiários mortos. Domingo foram registradas, 15 mortos e hoje, mais 42 foram registradas.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que as novas mortes, todas com indício de asfixia, ocorreram nas seguintes unidades: Compaj, Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).

De acordo com a Seap, “neste momento, a situação está controlada e os presos estão na tranca”.

Também nesta segunda, o Ministério da Justiça informou que vai enviar ao Amazonas integrantes da  Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária.

No domingo, uma briga entre detentos do Compaj envolveu presos dos pavilhões 3 e 5 terminou com 15 mortos.

Segundo o secretário de Administração Penitenciária, coronel Marcos Vinicius Almeida, os crimes foram cometidos durante o horário de visitação na unidade. As vítimas foram assassinadas asfixiadas ou perfuradas com escovas  de dentes.

Briga de detentos

“Não foi rebelião. Foi  uma briga de internos. Nunca havia acontecido mortes durante visitas. Alguns morreram dentro da cela com as grades trancadas. Eles cometeram os crimes também em frente aos familiares”, afirmou Almeida.

O secretário também disse que não houve reféns, agentes feridos ou fuga de detentos. Questionado sobre denúncias feitas por familiares dos detentos de que policiais em helicópteros atiraram contra presos, ele afirmou que os tiros efetuados não foram direcionados a pessoas e serviram apenas para contenção.

O titular da Seap disse que uma investigação foi aberta para apurar as motivações da briga.

“O Estado não reconhece facções. Estamos investigando o que teria motivado isso. As câmeras internas registraram todos os crimes e vamos encaminhar as informações à Justiça”, declarou.

Massacre em 2017

Em janeiro de 2017, o Compaj registrou rebelião que resultou na morte de 56 pessoas. Na ocasião, a rebelião durou mais de 17 horas e foi considerada pelo secretário como “o maior massacre do sistema prisional” do Estado.

Os mortos eram integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos por estupro, segundo o então secretário de Segurança Pública.

Em dezembro de 2018, um agente penitenciário foi morto dentro do Compaj. À época, 12 detentos foram presos suspeitos da morte.

Amazoniarede-JAM

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