Manaus apresenta redução de 46% nos casos de malária

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) registrou uma redução de 46% nos casos de malária no primeiro semestre de 2013, em comparação com o mesmo período de 2012.

De janeiro a junho deste ano, o Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Dveam), da Semsa, registrou 2.532 casos da doença, enquanto neste mesmo período do ano passado o número ficou em 4.649 notificações.

O secretário municipal de Saúde, Evandro Melo, explica que a redução dos casos é resultado da determinação do prefeito Arthur Neto em eliminar a doença em Manaus, com um trabalho intensivo dos agentes de endemias realizado em campo e das ações de Educação em Saúde que buscam orientar a população sobre os cuidados necessários para se evitar a picada do mosquito transmissor da doença.

“A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários transmitidos por vetores e, por questões ambientais típicas da região, tem alta incidência na Amazônia. Apesar disso, o município de Manaus tem registrado uma redução dos casos a cada ano. Em 2008, foram registrados 19.728 casos da doença, 16.416 em 2009, 15.666 em 2010, 15.093 em 2011 e um total de 9.695 casos em 2012”, destaca Melo.

O controle da transmissão, alerta Evandro Melo, é um desafio que deve ser enfrentado de forma contínua e integrada com a população e governos municipal, estadual e federal, exigindo medidas como obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor (causador da transmissão); obras de aterro; limpeza das margens dos criadouros; modificação do fluxo da água; controle da vegetação aquática; melhoramento da moradia e das condições de trabalho da população.

O Ministério da Saúde também recomenda a adoção de medidas de proteção individual contra picadas de insetos, principalmente nas áreas de risco, como o uso de mosquiteiro impregnado com inseticida; o uso de telas nas portas e janelas; o uso de repelente e, ainda, evitar locais de banho em horários de maior atividade do mosquito – manhã e final da tarde.

Para o combate à doença, a Semsa vem intensificando as ações de Educação em Saúde com palestras educativas e distribuição de informativos, além de incremento no trabalho de diagnóstico precoce da doença, e de tratamento adequado e de forma oportuna. “Os profissionais de saúde têm mantido uma vigilância constante em áreas de risco e intensificando a busca ativa de pacientes, já que é importante realizar o mais rápido possível os exames e obter o diagnóstico para que se possa iniciar o tratamento de forma imediata”, explica Melo.

Diagnóstico

A gerente de Vigilância Ambiental do Dveam, enfermeira Márcia Larissa Meneses, explica que o processo de diagnóstico é feito através de Busca Passiva (BP), quando o paciente vai até um estabelecimento de saúde para realizar o exame com microcopista, e de Busca Ativa (BA), aonde o agente de endemias visita os moradores com suspeita da doença e faz a coleta de sangue para encaminhar aos laboratórios. O resultado do diagnóstico é concluído em uma até uma hora na Busca Passiva e em menos de 12 horas na Busca Ativa.

A Semsa também tem intensificado os trabalhos de controle vetorial para o combate aos mosquitos que transmitem a doença, com a borrifação das áreas consideradas de maior e a termonebulização (fumacê).

Também foram entregues, 2012, 66.817 mosquiteiros impregnados com inseticida para moradores em áreas de risco, e este ano a Semsa mantém o trabalho de monitoramento dos resultados.

Em Manaus, são consideradas de maior risco toda a área rural e periurbana (áreas periféricas como Tarumã e Grande Vitória), com destaque para áreas com balneários e em desmatamento.

A malária apresenta os seguintes sintomas: dores de cabeça e no corpo, fraqueza, febre alta, calafrios, e ainda, dor abdominal. Podem ocorrer, também, dores nas costas, tontura, além de náuseas e vômitos. Crianças, gestantes e pessoas infectadas pela primeira vez estão sujeitas a uma maior gravidade e, se não forem tratadas de forma correta e rápida, podem até morrer.

(Semcom) 

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