Manaus, a capital do medo? Ou Fake News?

Operação Domínio da Lei. Foto: Erlon Rodrigues

“Vermelhou, mano”, soa aos quatro cantos, festejando uma vitória que nem sabemos ao certo se houve, mas que viraliza. É o comando vermelho avançando frente à rival família do norte (e aqui em minúsculo para expressar a importância que se dá a essas “(des) organizações criminosas”).

É inegável que a polícia do Amazonas esteja atuando de forma contundente frente às manifestações de violência e tentando, a todo custo, neutralizar esses elementos que brotam feito mato em tempos de chuva.

A escalada da violência, motivada pela disputa pelo domínio do tráfico entre as duas facções, em Manaus, vem deixando um rastro de homicídios, que, somente em janeiro, já vitimou 117 pessoas.

Vermelhou?

A recente suposta tomada pelo poderio na capital, comemorada pelo comando vermelho, inclusive em trechos de música, cantada por integrantes, enquanto picham os muros com a sigla “cv” e “mano g”, já anuncia o recado de que “cabeças rolarão”, pois: “Na guerra é tudo ou nada! É lutando que se conquista. A lei quem faz é nós…. Tudo 2!”.

Vermelhando ou não, o fato é que o duelo está evidente, nas muitas mortes que têm ocorrido na capital. Essa disputa pelo domínio das áreas de tráfico tem estado em evidência na mídia. A capital do estado do Amazonas está “famosa”, não só pelas belezas naturais da região, mas por essa baderna protagonizada por elementos que agem em nome do crime.

Ação policial

Frente à nova escalada da violência, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, prontamente, já deflagrou operações voltadas à prevenção e repressão de quaisquer atos que possam provocar alterações no sistema prisional ou nas ruas de Manaus. Operação Tentáculos, Tentáculos 2, Domínio da Lei, Pronta Resposta. Ações coordenadas com o trabalho de inteligência das polícias, e que contam com um efetivo preparado para dar as respostas de que a população precisa.

Foi a intervenção policial que impediu que se instaurasse o caos nos presídios neste mês de fevereiro, quando um foguetório tomou conta de Manaus, e mensagens, nas redes sociais, e notícias em portais anunciavam a nova cor do tráfico na cidade: vermelho. Fake news?

Um novo Rio?

O tremer das grades nos presídios, a migração de elementos para outros grupos, os “marcados para morrer” protagonizavam os vídeos nas redes, instaurando a atmosfera de terror na população. Manaus seria a capital do medo?

Manaus já se encaminha para um novo Rio? Ou já somos um novo Rio, com uma paisagem modificada, mas tão linda quanto? (O Amazonas é lindo!). Artigo da Revista Veja, publicado em 21/04/2018, intitulado “Tráfico de drogas e guerra de facções: a Amazônia é o novo Rio”, já anunciava essa comparação.

Quem sofre mais com isso? A população, e não só a que vive nessas áreas que o tráfico almeja. Todos somos territórios vulneráveis.

Mesmo com toda a atenção dispensada pela polícia, a ascensão do crime (des) organizado em Manaus é fato. Respostas do poder público são necessárias para nos livrar do aprisionamento a que essa crise nos submete.

 

@amazonianarede

 

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