O ex-prefeito estava no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) 2, após ser condenado a 57 anos de prisão por desvios da Prefeitura de Coari.
Manaus, AM – Adail Pinheiro foi condenado a mais de 57 anos de prisão — Foto: Isis Capistrano Adail Pinheiro foi condenado a mais de 57 anos de prisão — Foto: Isis Capistrano
Adail Pinheiro foi condenado a mais de 57 anos de prisão — Foto: Isis Capistrano
O ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro deixou o Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM) 2 na tarde desta segunda-feira (10), em Manaus. Ele passou quatro dias preso, após ser condenado a mais de 57 anos de prisão por liderar um esquema milionário de desvios e fraudes no Município.
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o ex-prefeito saiu do CDPM 2 por volta das 17h50.
O político estava em cela isolada no presídio desde a quinta-feira (6), por comandar um esquema milionário de fraudes em licitações e desvios de verbas da Prefeitura de Coari.
Ele saiu da unidade após ter liberdade concedida pelo Tribunal Regional Federal (TRF 1ª Região), assinada pelo desembargador Kássio Nunes Marques no domingo (9).
Na decisão, o magistrado afirma que Adail atende os pré-requisitos legais para aguardar o resultado de recursos em liberdade.
Esquema criminoso
Uma ação penal movida pelo MPF resultou na condenação de 20 envolvidos em 2015, entre eles Carlos Eduardo do Amaral Pinheiro, irmão de Adail, assim como ex-secretários da prefeitura de Coari, funcionários públicos, empresários, representantes empresariais e contadores.
À época, Adail Pinheiro não fez parte da lista de réus do processo por ter voltado ao cargo de prefeito do município em 2012, o que o fez gozar de foro privilegiado por prerrogativa de função.
O processo referente à participação do então prefeito no esquema de corrupção foi desmembrado. Adail teve o mandato cassado em 2014 e o processo voltou para a Justiça Federal no Amazonas.
Além da pena restritiva de liberdade, Adail foi condenado a pagar 2.020 dias-multa referentes a 1/4 do salário vigente na época dos fatos.
O esquema criminoso foi desarticulado em 2008, a partir da “Operação Vorax”. O juiz titular da 2ª Vara Federal, Marllon Sousa, apontou na decisão que Adail se valia da condição de prefeito para cometer os desvios.
Pedofilia
Adail Pinheiro já foi condenado por exploração sexual de crianças e adolescentes em Coari, onde foi eleito prefeito três vezes. Vários casos vieram à tona em uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, em 2013. Após a divulgação das denúncias, ele foi preso.
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