Manaus, AM – Sem direito a recorrer da sentença e nem de entrar com recurso, a diretoria do Sindicato dos Transportes em Cargas do Amazonas (Sindicargas), foi totalmente desfeita, destituída dos cargos e tornada inelegível por 08 anos, na sentença do mérito determinada pelo Juiz da 4ª Vara do Trabalho de Manaus, Pedro Barreto Falcão Neto.
O Juiz determinou o afastamento imediato de todos os atuais diretores, entendendo que houve vícios no processo eleitoral que elegeu o agora ex-presidente Carlos Gonzaga Nunes Ribeiro e toda a sua diretoria. No mesmo processo de destituição, o Juiz nomeou uma Junta Governativa, para administrar o sindicato até a chamada de uma nova eleição e escolha da nova diretoria, que acontecerá num prazo de 60 dias.
Direitos políticos suspensos
Os ex-diretores afastados Carlos Gonzaga, Amindo da Silva Gomes Filho, Lúcio Francisco, estão com os seus direitos políticos suspensos por 08 (oito) anos. Não podem concorrer, nem à presidência do Sindicato, como também a qualquer outro cargo eletivo no Estado.
Já os diretores Cleverton Pantoja, Zacarias Filho da Silva Nascimento e Hudson Pereira Rodrigues, ficam inelegíveis apenas para a diretoria do Sindicargas. A justiça determinou uma pena mais leve para os três, porque eles não pertencem à categoria e também estão desempregados.
A Junta Governativa provisória que assume o Sindicargas é formada pelos integrantes Carlos Dias de Souza, Agenor Venâncio Filho e Nadiel da Silva Bezerra, nos cargos de presidente, tesoureiro e secretário geral, consecutivamente.
Sindicargas
Durante o tempo de gestão do ex-presidente destituído Carlos Gonzaga, o Sindicargas vinha sofrendo forte desgaste de credibilidade, com brigas internas e denúncias de improbidade administrativa, venda do patrimônio, desvio de dinheiro dos associados e enriquecimento e ostentação financeira dos seus diretores.
As denúncias eram feitas pelos próprios integrantes da diretoria aos outros diretores da mesma administração. Além de todos os desmandos, ainda tinha a figura do advogado Amadeu maués, que através de gravação em áudio, ficou conhecido como o “poderoso chefão” das verbas do sindicato.
Era Amadeu Maués quem dava as cartas e determinava quem ficaria com o dinheiro e o tamanho da cota de cada um. Ele também usava a estrutura do Sindicargas para financiar ataques a outros Sindicatos. Financiava trabalhadores a entrar com ações na Justiça do Trabalho, com o intuito de também dominar os outros sindicatos. Foi assim com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Especial, da Construção Civil e dos Vigilantes.
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