Poucos dias antes de chegar ao Brasil para a Copa do Mundo, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, falou das suas expectativas para o torneio. Em conversa com jornal suíço “Le Temps” publicada neste sábado, o dirigente disse que está ansioso como um “ator prestes a subir no palco” e falou que, se necessário, os jogos serão paralisados para que os jogadores descansem. Além disso, revelou que o governo brasileiro queria 17 estádios na Copa, ideia vetada pela Fifa. Veja abaixo alguns trechos da entrevista.
Está estressado a 20 dias da Copa?
– Eu não estou estressado, mas um pouco nervoso, como se fosse um ator antes de entrar no palco. Minha programação nos próximos dias tem primeiro a questão de Israel com a Palestina. Tenho uma reunião agendada com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para ver se o mecanismo que temos colocado em prática vai funcionar. A compreensão dos israelenses é necessária para que as equipes estrangeiras possam jogar na Palestina. Em seguida, viajarei para São Paulo.
Atrasos no Brasil preocupam?
– Nem um pouco. Esta é a minha décima Copa do Mundo, e sempre aparecem as mesmas preocupações três semanas antes do início da competição. Na Itália, um dia antes do apito inicial estávamos fixando cadeiras no estádio. No Brasil, tudo está pronto, os estádios têm sido usados.
Haverá um elefante branco em Manaus?
– Não foi uma decisão da Fifa jogar em Manaus, mas do governo brasileiro. Inicialmente, eles queriam construir 17 estádios e nós reduzimos para 12. Mas foi uma decisão forte ir para a Amazônia. O prefeito de Manaus me garantiu que o estádio será utilizado em outras atividades após a Copa do Mundo: cultura, música, dança. Ele não será um elefante branco.
Calor e umidade em Manaus
Os jogadores profissionais vão a campo no frio, na neve, em todas as condições… Não será a umidade que irá afetá-los. É possível que, em algum caso especial, a gente pare o jogo para que os atletas possam respirar e beber alguma coisa.
Fonte: Globo Esporte
