Manaus – A nova unidade prisional feminina já está funcionando, na Rua Codajás, no bairro Cachoeirinha, zona Sul da cidade, mesmo local onde funcionou a Casa do Albergado.
Para abrigar o novo presídio, o prédio teve de ser reformado e recebeu investimentos de R$ 410 mil. Totalmente adaptado, o prédio ganhou nova pintura, novos dormitórios, refeitório, equipamentos de higiene e limpeza, novo mobiliário entre outras mudanças.
De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejus), coronel PM Louismar Bonates, com a entrega da Unidade, a Sejus desativa totalmente a ala feminina que funcionava na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, na Avenida Sete de Setembro, Centro de Manaus.
“Com a entrega desta nova unidade, nós cumprimos mais uma etapa do compromisso assumido junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de desativação da Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa.
Estamos desativando o semiaberto feminino totalmente, e esperamos desativar o masculino em agosto do próximo ano, quando terminaremos as obras do Centro de Detenção Provisória Masculino Dois. Já estamos com aproximadamente 30% das obras concluídas e esperamos inclusive antecipar a inauguração.”
O secretário explicou porque o governo decidiu escolher o bairro Cachoeirinha para a instalação da nova unidade. “Nós optamos pela instalação do semi aberto feminino aqui neste local, pela proximidade do Centro da cidade, o que facilita que as educandas possam encontrar emprego com mais facilidade.
Estamos entrando em contato com a Federação das Indústrias do Amazonas (FIEAM), para que nos ajude nesses trabalho de recolocação delas no mercado de trabalho, que a agente sabe que é um pouco difícil, para que a gente possa trazer de voltas para o seio da sociedade, pessoas bem melhores do que entraram aqui no sistema.”
A nova unidade prisional tem capacidade para 70 pessoas, mas, segundo o secretário Louismar Bonates, inicialmente, vai receber 48 apenadas do semiaberto.
Ao conferir de perto a reforma e entrega da nova unidade, o presidente do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Amazonas, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-AM), desembargador Sabino da Silva Marques, e tem a sensação de dever cumprido.
“Eu preferiria estar inaugurando uma creche, a um local para quem cometeu uma infração, mas, sem entrar em contradição, fico feliz porque, quem viu esta casa em ruínas, abrigando albergados uns com medo dos outros por conta da violência, e, agora, um novo ambiente, me sinto gratificado por ter participado dessa luta.”
Amazonianarede – CBN – Manaus
