Manaus, AM – Provocado por jornalistas a comentar sobre o decreto assinado ontem pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) que flexibiliza a posse de armas no Brasil, o prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB) fez uma crítica ao ato que, segundo ele, inverte os papéis.
“Quem tem que tomar conta da minha segurança é o Estado brasileiro. É para isso que eu pago imposto. É só o que me faltava, me convidar para duelar com bandido”, ironizou nesta quarta-feira, dia 16, ao inaugurar a revitalização da rua Cecília Meireles, que liga a Ponta Negra até a avenida do Turismo.
Arthur que declarou voto em Marina Silva (Rede) no primeiro turno e anulou seu voto no segundo turno para o cargo de presidente nas eleições gerais, entende que o decreto de Bolsonaro para a posse de arma vai transformar o país num faroeste.
“Aquele que chega na tocaia está na vantagem. Aquele que está armado, mas não está esperando, ele leva desvantagem e isso acaba provocando mais mortes. Então a solução da violência não está em armar todo mundo como num faroeste”, pontuou o prefeito.
Na opinião do chefe do Executivo municipal, o combate efetivo da violência passa pela implantação de políticas sociais que ocupem as chamadas áreas vermelhas.
“A solução [passa por] projetos lúdicos, esportivos, educacionais, unidades básicas de saúde, delegacias policiais, tudo instalado nas chamadas áreas vermelhas. Precisa, óbvio, o enfrentamento duro ao tráfico.
É preciso também esse cuidado com as políticas sociais”, disse o prefeito lembrando dos prêmios recebidos pela educação municipal, muito deles conquistados dentro de áreas da periferia de Manaus.
Amazoninarede-BNC
