HPS 28 de Agosto é investigado pelo Ministério Público

 

HPS é investigado pelo MPE,AM
HPS é investigado pelo MPE,AM

Amazonas – O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) instaurou inquérito civil para apurar supostas irregularidades em toda a infraestrutura do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. O hospital, localizado na Zona Centro-Sul de Manaus, é uma das principais unidades de referência da rede pública de saúde amazonense.

A 54ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa dos Direitos Humanos à Saúde Pública (PRODHSP) instaurou o inquérito no dia 4 de fevereiro, mas o procedimento foi publicado no Diário Oficial Eletrônico na segunda-feira (15).

O procedimento foi instaurado após a promotoria receber denúncia de que um enfermeiro de uma empresa terceirizada teria assumido a gerência do Centro Cirúrgico.

O MP recebeu denúncia de que o Centro Cirúrgico do Hospital 28 de Agosto está abandonado e que não funciona como deveria, pois materiais e portas estariam quebrados. A identidade do denunciante é sigilosa.

A promotora de Justiça Cláudia Maria Raposo será responsável pelas investigações.

O hospital, que completou 30 anos no ano passado, passou por obras de reforma e ampliação. A unidade possui Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) que é referência nesse tipo de atendimento na região Norte.

Nota do HPS

A direção do HPS 28 de Agosto  informou, por meio de nota, que o Centro Cirúrgico da Unidade de Saúde está com as seis salas funcionando normalmente e realizando cerca de 600 cirurgias por mês. No mês de dezembro 693 cirurgia foram realizadas, em janeiro, 593, e em fevereiro,  254 procedimentos foram realizados

A nota ainda explica que problemas estruturais, como portas danificadas, são situações que ocorrem pelo desgaste do tempo e são solucionadas prontamente pelas nossas equipes de manutenção.

Até esta terça-feira (16), a direção não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público. 

Crise

Nos últimos meses, uma série de denúncias sobre a situação da rede de saúde do Amazonasforam divulgadas. O atraso de pagamentos, a falta de leitos, medicamentos e equipamentos são alguns dos problemas relatados por profissionais e pacientes.

Um dos casos mais preocupantes ocorreu em no hospital de Jutaí, município situado a 751 km de distância de Manaus. Uma recém-nascida morreu dez horas após o parto. Sem máscaras de oxigênio, o hospital improvisou garrafas pet na internação da criança e do irmão gêmeo, que nasceram com problemas respiratórios.

O médico Alailson Ferreira responsável pelo atendimento aos bebês gêmeos falou sobre a decisão de improvisar o procedimento. Ele também criticou as condições de trabalho no interior do Amazonas e disse que é preciso habilidade para driblar a falta de investimentos necessários ao atendimento da população.”É jogar com a sorte, e com o destino”, disse.

Em janeiro, o Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) e um grupo de parlamentares solicitaram a intervenção do Ministério Público no sistema de saúde estadual.

O governo do estado contesta a existência de crise na rede pública de saúde estadual. Segundo o governador José Melo, mesmo com a queda da arrecadação e as dificuldades financeiras, oestado continuou investindo na saúde. Ao todo, R$ 2,7 bilhões foram investidos em 2015 nesse segmento.

Amazonianarede-JAM

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