Brasília – O governo tenta evitar, a qualquer custo, que a crise da Lava Jato, esquema de corrupção alvo da Polícia Federal, afete o sistema financeiro do País.
Isso porque as empreiteiras investigadas pela PF têm enfrentado dificuldades financeiras. A preocupação foi intensificada no início de janeiro, quando a OAS não honrou com suas dívidas no País e no exterior. Em apenas três dias, a empresa, que tem o executivo José Adelmário Pinheiro detido, deixou de pagar R$ 117,8 milhões a investidores.
Nesse cenário, as companhias tiveram seus ratings rebaixados pelas agências internacionais de classificação de risco. A OAS, por exemplo, teve nota rebaixada pela Fitch para o equivalente a ‘calote seletivo’. Outras companhias que tiveram as notas reduzidas pela agência foram a Construtora Queiroz Galvão, Galvão Participações, Galvão Engenharia e Mendes Júnior Trading e Engenharia (MJTE).
A avaliação do governo, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, é de que o risco dessa crise no crédito precisa ser barrado com urgência, uma vez que pode prejudicar financiamentos de empresas que não estão envolvidas em corrupção. Segundo a matéria, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mandou mapear os volumes de papéis negociados pelas empresas no mercado e seus prazos de vencimento. O caso estaria sendo tratado em sigilo pela Pasta, a fim de não prejudicar a confiança na economia.
O chefe da economia tem tido uma relação próxima com a presidente Dilma Rousseff desde que assumiu o posto. Na tarde desta sexta-feira 16, o ministro se reúne com Dilma pela terceira vez em uma semana.
Seu plano é cortar gastos, colocar as contas em ordem, resgatar o crescimento da economia e a confiança do País no exterior, para atrair investimentos externos. O tema ‘Lava Jato’, diariamente nas primeiras páginas dos jornais, também pode estar na pauta do encontro entre ele e a presidente.
Fonte: Brasil 247