Governo está tomando as providências para a extradição de Battisti

Italian ultra-leftist militant Cesare Battisti gestures during an interview with AFP in Cananeia, Sao Paulo state, Brazil on October 20, 2017. The Brazilian government wants to extradite former ultra-leftist militant Cesare Battisti to Italy, but will wait for the supreme court to resolve an habeas corpus filed by its lawyers to prevent it, Brazilian Justice Ministry Torquato Jardim said on October 13, 2017. Battisti was convicted of murder in his home country and has been on the run for decades. / AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL / TO GO WITH AFP STORY by ROSA SULLEIRO

Brasilia – Os ministérios da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores informaram, na manhã de hoje (13), que, diante da detenção de Cesare Battisti pela Interpol, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, estão tomando todas as providências necessárias, em cooperação com o Governo da Bolívia e com o Governo da Itália, para cumprir a extradição de Battisti e entregá-lo às autoridades italianas.

Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Justiça disse que ainda não tem detalhes sobre os trâmites da extradição.

Battisti foi capturado em Santa Cruz de La Sierra por volta das 17h de ontem (12). Segundo relatos, ele não tentou escapar. Questionado pelos policiais, respondeu em português. O italiano usava calça azul e camiseta, óculos escuros e barba falsa.

A extradição do italiano foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de dezembro do ano passado.

As autoridades avaliam se a extradição para a Itália será feita diretamente da Bolívia ou se Battisti será enviado para o Brasil e, assim ser encaminhado para a Europa. Há uma aeronave do governo italiano com agentes da Aise, a agência de inteligência do país, aguardando orientações, em território boliviano.

Condenação

Condenado à prisão perpétua na Itália, Battisti foi sentenciado pelo assassinato de quatro pessoas, na década de 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Ele se diz inocente. Para as autoridades brasileiras, ele é considerado terrorista.

No Brasil desde 2004, o italiano foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo STF. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil, e o ato foi confirmado pela Suprema Corte.

O presidente Jair Bolsonaro, mesmo antes de empossado, defendia a extradição de Battisti. Após a captura de Battisti, hoje (13), Bolsonaro afirmou na conta pessoal no Twitter: “finalmente a justiça será feita”.

Ele elogiou os responsáveis pela prisão, numa operação conjunta das polícias da Bolívia e da Itália.

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