Rio – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu libertar o empresário Jacob Barata Filho, preso no início do mês na Operação Ponto Final. A ação, nova fase da Lava Jato, investiga pagamento de R$ 200 milhões de propina para políticos e fiscais dos transportes do Rio. Mendes alegou que não há risco de Barata Filho conspirar contra a ordem pública ou obstruir a investigação.
O empresário Lélis Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), também ganhou o direito à liberdade, concedido por Mendes. Porém, Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, decretou a prisão de Barata Filho e Lélis novamente por esquema de corrupção envolvendo a Prefeitura do Rio.
Segundo o Ministério Público Federal, Barata Filho, quando foi preso, tinha documentos de investigação, como ordem judicial para a quebra do sigilo bancário dele e de outras dez pessoas, denunciadas na ação por envolvimento em esquema de propina na cúpula dos transportes do Rio.
Mendes substituiu a prisão de Barata Filho por comparecimento periódico à justiça, proibição de contato com os outros investigados e de sair do país.
O empresário tem que entregar o passaporte à Polícia Federal. Ele também não pode sair de casa durante a noite e não pode exercer cargo em empresas de ônibus. O empresário é herdeiro de Jacob Barata, empresário conhecido como o “Rei dos Ônibus” no Rio.
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