O físico britânico Stephen Hawking, o cientista mais popular desde Albert Einstein, morreu aos 76 anos, nas primeiras horas desta quarta-feira, em sua casa em Cambridge, na Inglaterra. Hawking, cujas pesquisas exploravam a natureza da gravidade e a origem do universo, se movimentava em cadeira de rodas porque tinha esclerose lateral amiotrófica (ELA), diagnosticada aos 21 anos. Ele se tornou, também, um símbolo da força da vontade de saber.
“Estamos profundamente entristecidos pelo fato de o nosso amado pai ter morrido. Ele foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos”, escreveram Lucy, Robert e Tim, filhos do cientista, que se casou duas vezes. Certa vez, depois de Hawking embarcar num voo com gravidade zero em um Boeing 727 especialmente equipado, perguntaram a ele por que se arriscava tanto. “Quero mostrar às pessoas que elas não precisam ser limitadas por problemas físicos se não tiverem limitações de espírito”, respondeu o físico.
Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942 em Oxford, na Inglaterra, 300 anos após a morte de Galileu. Aos 8 se mudou para St. Albans, cidade localizada a cerca de 30 km de Londres. Estudou no University College, de Oxford. Pretendia se dedicar à Matemática, mas, como esta não integrava a grade da universidade, escolheu a Física e se graduou em 1962. Em 1965, recebeu sua primeira premiação, na licenciatura em Ciências Naturais. Emigrou de Oxford para Cambridge visando a Cosmologia, área na qual se tornou doutor.
Foi professor de Matemática em Cambridge, ocupando a cátedra que antes havia sido de cientistas como Charles Babbage, Isaac Newton e Paul Dirac, e dirigiu o departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da mesma universidade. Em 1974, se tornou um dos mais jovens membros da Royal Society, com apenas 32 anos.
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