Fiscalização do Ipaam na região do rio Purus resulta em mais de R$ 4 milhões em multas

Rio Purus, AM – Mais de R$4 milhões em multas e apreensões por crimes contra a fauna e exploração ilegal de madeira marcaram a ação de fiscalização realizada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), no período de 16 a 25 de maio, em diferentes pontos do rio Purus, afluente da margem direita do rio Solimões, no Amazonas.

O resultado da ação foi divulgado nesta terça-feira, 28 de maio.

O destino da missão composta por fiscais do Ipaam e policiais militaresera fiscalizar a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu Purus e a Reserva Extrativista Canutama, duas unidades de conservação estaduais acessadas pelo rio Purus.“A caminho das Unidades de Conservação, nos deparamos, no sábado à noite, com uma grande quantidade de madeira sendo transportadas entre a foz de Tapauá e Tapauá, que quase fechava o rio Purus no local em que estavam as madeiras”, relatou um dos fiscais do Ipaam.

Os fiscais calcularam que o carregamento continha em torno de 3 mil peças de madeira, entre toras de madeira de lei, madeiras para travessa das jangadas e madeiras-bóia para a flutuação das jangadas.

Segundo os fiscais, a multa aplicada foi de R$4,737 milhões, com base na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.608/98) e Decreto 6.514/08 pelo transporte de madeira sem o Documento de Origem Florestal (DOF).

No percurso de volta das Unidades de Conservação, os fiscais perceberam madeiras à deriva no rio e constataram terem sido desprendidas da jangada objeto da multa, pois em algumas delas era possível ver a marca do Ipaam feita durante levantamento das quantidades e tipos de madeira para definição do auto de infração. No percurso, mais dois carregamentos de madeira já serradas em prancha foram abordadas em trechos do rio Purus. Em razão da quantidade de madeira, as multas aplicadas foram de R$4.578,00 para um carregamento e de R$570,36 para outro.

Foram apreendidas durante navegação pelo rio Purus uma arara vermelha viva e uma anta morta. A arara ficou com um fiel depositário e a anta doada a uma comunidade. Para os dois casos, foram aplicadas multas de R$5 mil e apreendidos os rifles que estavam com cada uma das pessoas que portavam os animais.

Uma rede de pesca de pelo menos 100 metros também foi apreendida. Ela estava sendo utilizada de maneira ilegal, bloqueando o igarapé e impedindo o deslocamento dos peixes, comprometendo a migração natural destes e outros organismos da fauna aquática.

(Agecom)

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