Final da Copa, duelo entre a ”tradição EUA e a ascensão” Holanda, mostra novo cenário do futebol feminino no mundo

Final da Copa, duelo entre a ''tradição EUA e a ascensão'' Holanda, mostra novo cenário do futebol feminino no mundo

Estados Unidos e Holanda disputam final da Copa do Mundo neste domingo. Americanas brigam pelo 4º título, e holandesas tentam surpreender ainda após crescimento veloz na modalidade

 Lyon, FRA – De um lado, as finalistas que todos esperavam nesta Copa do Mundo. Maior força do futebol feminino mundial e com suas estrelas emblemáticas em alta, os Estados Unidos sempre estiverem entre os favoritos e fizeram valer a conhecida tradição para seguir na briga pelo quarto título. Estão na quinta decisão em oito edições de mundiais. Já do outro lado, está a Holanda.

Não podemos tratar a sua vaga na final como uma zebra, mas chama atenção a velocidade com que esse time chegou ao topo. Afinal, há 10 anos, a seleção do país disputava seu primeiro torneio de âmbito internacional, na Euro de 2009. Em 2015, esteve em sua primeira Copa (saiu nas oitavas).

 Olhar para a base explica o crescimento

Ao contrário de outros países que se desenvolveram nos últimos anos (como França e Inglaterra), a liga feminina da Holanda ainda não é considerada das mais fortes no cenário mundial. Não por acaso, as estrelas do país, como Lieke Martens (Barcelona) e Vivianne Miedema (Arsenal), jogam fora da terra natal. Das 23 jogadoras, apenas cinco jogam no campeonato local.

Mas o fato é que a federação do país resolveu investir recursos, principalmente na formação de atletas, colocando um modelo em que meninos e meninas tem acesso a mesma estrutura de base.

Contando com os frutos disso, a conquista da Eurocopa de 2017, em casa, já tinha em campo uma jovem geração de jogadoras forte. Foi um ponto de partida que, sem dúvidas, terminou na decisão deste domingo.

– A Euro fez com que a gente encontrasse nosso jogo. A Holanda desde então espera que a gente jogue sempre melhor. E é o que estamos tentando fazer a partir deste trabalho – disse a técnica Sarina Wiegman.

 Identificação: EUA já tem. Holanda está conseguindo

O time americano de futebol feminino é um dos orgulhos esportivos do país. Não por acaso, as ruas de Lyon estão há dias lotadas de torcedores do país e, antes mesmo do início do Mundial, fãs dos Estados Unidos já eram os líderes na compra de ingressos para a fase final.

No caso da Holanda, esse casamento com o povo é bem mais recente. Por muito tempo que o futebol feminino foi renegado no país. Em entrevista antes da semifinal, a atacante Vivianne Miedema disse que quando começou a atuar pela seleção jogava apenas para 500 torcedores.

O apoio que vem de casa, desta vez, é impressionante. Fãs da Holanda pintaram os estádios de laranja desde a primeira fase. A audiência no país também é significativa: 5 milhões de holandeses acompanharam a final contra a Suécia.O respeito agora vem de casa e também dos oponentes:

– A Holanda é um ótimo time. Não chegaram na final por acaso. São campeãs da Europa, tem jogadoras talentosas. São disciplinadas. Esperamos sim um jogo muito difícil e competitivo – analisou a técnica americana, Jill Ellis.

 A estrela consolidada x a artilheira do futuro

A final da Copa do Mundo terá também o duelo entre duas atacantes que estão hoje entre as principais do cenário mundial na posição. Goleadoras de separadas por oito anos de diferença e que colocaram à prova o poder de fogo no duelo mais importante da temporada – e dos últimos anos.

Os Estados Unidos tem o melhor ataque da Copa. Dos 24 gols marcados, seis são de Alex Morgan, que briga pela artilharia. Ela é queridinha dos americanos, já tem títulos relevantes na carreira e 107 gols pela carreira. Um talento raro e o rosto de uma geração vitoriosa do poderoso futebol feminino americano.

Do outro lado, uma atacante que é tratada como um talento raro. Um prodígio da modalidade. Com apenas 22 anos, Vivianne Miedema já está entre as melhores do cenário atual. Foi a melhor atacante do último campeonato inglês, com 21 gols pelo Arsenal. Além  disso se tornou, nesta Copa, a maior artilheira da seleção da holandesa: 61 gols em 81 jogos.

Amazoniana-GE

 

 

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