Amazonas – A denúncia foi feita na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pelo deputado Dermilson Chagas (PEN). Ele relatou um suposto superfaturamento do contrato entre o Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) e a empresa WF Representações LTDA., no valor de R$ 4,2 milhões na locação de um terreno para armazenamento de veículos apreendidos e aluguel e de empilhadeiras a gás.
A denúncia aponta dois contratos feitos pelo Detran-AM com a empresa WF Representações. O primeiro é para locação do terreno na Rua Goiânia, bairro Redenção, na zona Oeste da capital, para o estacionamento de carros apreendidos.
De acordo com o documento, o valor global de R$ 2,5 milhões, a partir de 1º de setembro de 2015, prorrogável até o limite de 60 meses, ou seja, 4 anos.
“A R$ 209 mil por mês, um montante de R$ 2 milhões, 514 mil. Nesses contatos que chegaram até mim, chama mais atenção ainda, nesse terreno, que só tem um muro e uma cerca elétrica, ainda tem os contratos de duas empilhadeiras, que, no mercado, uma empilhadeira ‘zero’ custa R$ 100 mil.
As que estão no terreno custam, mensalmente, R$ 54, 512 mil. Um montante de R$ 654 nil por ano. Se ele conseguisse transformar esse dinheiro em cirurgias, nós já teríamos salvado muitas vidas, em vez de estar fazendo o estão fazendo no Detran.
Nesta quarta-feira, o diretor do Detran-AM, Leonel Feitoza, esteve na ALE-AM a convite dos parlamentares para dar explicações sobre os contratos. Segundo ele, não houve nenhuma irregularidade no processo licitatório. Feitoza justificou alguns valores cobrados.
“Quando você aluga um veículo e só o veículo, você paga um preço, Quando aluga o veículo com o operador, o preço é diferenciado. Um operador de empilhadeira é um funcionário especializado, porque tem de levantar peso, levantar carros, enfim. E eles trabalham 24 horas, porque nós fazemos operações 24 horas, nos finais de semanas, e isso onera o custo.
Foi feito o processo de licitação da CGL (Comissão Geral de Licitação). Tudo isso e está no processo que eu irei remeter ao deputado Dermilson Chagas, para que ele possa avaliar.”
As denúncias foram encaminharas ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual para fiscalização.
Amazonianarede-RT