Fapeam cria bioinsenticida para combater o Aedes Aegypti com fungos da Amazônia

Pesquisadores da Fapeam, criam bioinceticia para combater o Aedes
Pesquisadores da Fapeam, criam bioinceticia para combater o Aedes
Pesquisadores da Fapeam, criam bioinceticida para combater o Aedes

Amazonas – Um bioinseticida natural, produzido a partir de fungos encontrados em plantas e insetos da Amazônia, foi desenvolvido com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) na Ecobios Consultoria Ambiental e Controle de Qualidade Ltda., empresa incubada no Centro de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O estudo recebe aporte do Governo do Estado, via Fapeam, por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas, na modalidade de Subvenção Econômica (Pappe Integração). Realizada por pesquisadores da Ufam, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a pesquisa, quedurou três anos, isolou mais de 100 linhagens fúngicas de vários substratos da Amazônia.

De acordo com a doutora em Ciências Biológicas, Yamile Benaion Alencar, com os isolados identificados foram  realizados cerca de 50 ensaios em laboratório. Desse número, apenas três apresentaram potencial contra as larvas e ovos do mosquito.

A pesquisadora explicou que os fungos utilizados para o desenvolvimento do bioinseticida não são tóxicos à saúde do homem e muitos já têm permissão do Ministério da Agricultura para serem usados no combate a insetos tidos como praga de agricultura.

Como o produto funcionará 

O bioinseticida funciona de forma simples, podendo ser borrifado diretamente em água destilada na forma openspray ou também em forma de extrato, sendo que esse segundo ainda está em fase de pesquisa, podendo ser colocado em vasos ou em locais que acumulam água. O produto elimina a larva e ovos do mosquito em até 24h.

“É um produto que não é tóxico, não agride o meio ambiente, é eficaz e ainda tem a vantagem de ser facilmente produzido. Será muito benéfico para população utilizá-lo”, disse a pesquisadora.

O produto ainda não está disponível no mercado, pois ainda é necessário fazer a transferência de tecnologia para empresas interessadas em realizar a produção e comercialização.

Por possuir uma formulação natural e simples, o custo financeiro para produção do produto é menor.  “Esperamos que os empresários tenham interesse e disponibilizem logo no mercado para população, pois essa é mais uma ferramenta de combate contra o mosquito”, disse a pesquisadora.

Outro diferencial do bioinseticida é que ele apresenta baixo impacto ambiental durante sua produção por utilizar apenas compostos biodegradáveis em sua formulação.

A pesquisadora falou que atualmente existem vários produtos controladores do Aedes Aegypti, mas o diferencial do bioinseticida desenvolvido pela equipe de pesquisa é que o produto possui origem 100% natural, além de ser extraído a partir da biodiversidade amazônica.

Amazonianarede-Secom

 

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