Em Manaus, famílias atingidas pela cheia do Negro, serão cadastradas pela Prefeitura

Essa operação da prefeitura será feita pela secretaria de Assistência Social
Essa operação da prefeitura será feita pela secretaria de Assistência Social
Essa operação da prefeitura será feita pela secretaria de Assistência Social

Manaus – A prefeitura de Manaus inicia no dia 11 de maio um cadastro das pessoas atingidas pela cheia do Rio Negro. A Secretaria de Assistência Social trabalhará em conjunto com outras secretarias para identificar as famílias que tiveram as casas alagadas e precisarão de auxílio-aluguel, de acordo com a Defesa Civil do município, que também atuará no cadastro.

O nível do Rio Negro está em 28,03 metros, de acordo com a última medição do Porto de Manaus, feita na quinta-feira (30). O chefe da Divisão de Suporte da Defesa Civil de Manaus, Cleodivan Menezes de Paula, explica que, caso o nível do rio chegue a 29 metros, já pode ser caracterizada a situação de emergência. “Isso não significa que será decretada situação de emergência, se isso ocorrer, deverá ser mais para o final do mês.”

A prefeitura trabalha com a expectativa de que quinze bairros possam ser afetados pela cheia deste ano. Segundo a Defesa Civil, o bairro dos Educandos, localizado à margem do Rio Negro, é um dos que, historicamente, mais são afetados pelas cheias. Além das casas e palafitas construídas próximo ao rio, o bairro fica localizado em uma área baixa o que torna propício o alagamento. Pelo menos 700 famílias devem ser afetadas pela cheia deste ano, prevê a secretaria.

“Tem muita casa no leito do igarapé. Quando chega o período de cheia, algumas são atingidas até indiretamente, com a manifestação de doenças”, diz Menezes. Ele acrescenta que a prefeitura construiu seis passarelas para possibilitar o acesso às casas. Ainda deverão ser construídos mais 1,5 mil metros de passarelas em outras localidades. “Além de possibilitar o acesso às casas, as pontes permitem o atendimento das famílias.”

Na última quinta-feira, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – Serviço Geológico do Brasil (CPRM) expediu um alerta com a previsão de que o Rio Negro registre a quarta maior cheia desde 1953, atingindo o nível de 29,62 metros – caso o nível de chuvas se mantenha.

No Amazonas, de acordo com a Defesa Civil do Estado, 19 municípios estão em situação de emergência devido às enchentes. Outros quatro estão em situação de alerta – Humaitá, Fonte Boa, Uriani e Alvarães. Um município está em estado de calamidade pública, Boca do Acre, devido à cheia do Rio Purus.

Ao todo, 123.698 pessoas foram afetadas. O governo estadual informa que enviou 374 toneladas de alimentos não perecíveis, além de kits dormitórios, compostos por colchão, redes e mosqueteiros. Foram enviados também kits de higiene pessoal, medicamentos e filtros de água.

O município de Tabatinga é um dos que estão em situação de emergência devido à cheia do Rio Solimões. O número de atingidos chega a 3.926, segundo a Defesa Civil do município. “Entre os atingidos temos pessoas desabrigadas e desalojadas. Tivemos casos isolados de diarreia, malária, febre amarela, que são comuns na região. As pessoas atingidas são muito carentes, muitos estão abaixo da linha da pobreza”, diz o secretário da Defesa Civil municipal, José Francisco Vale Costa.

De acordo com ele, o município preparou uma estrutura para atender aos que tiveram as casas alagadas, mas, até o momento, as pessoas preferiram ir para a casa de parentes. Representantes da prefeitura devem visitar, na próxima segunda-feira (4), 13 comunidades para entregar cestas básicas e combustível para as embarcações dos ribeirinhos. A expectativa é que as chuvas continuem até meados de maio, de acordo com Costa.

Amazonianarede

 

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