Uma assistente da direção ficou ferida nas mãos e no rosto nesta quinta-feira depois de abrir uma carta-bomba, que explodiu na sede parisiense do Fundo Monetário Internacional (FMI), informaram fontes policiais.
Segundo as primeiras informações, várias pessoas foram retiradas das instalações por medida de proteção.
A assistente da direção sofreu queimaduras, segundo a polícia.
A investigação foi confiada à polícia judiciária parisiense, enquanto a polícia científica já se encontra trabalhando no local.
Na véspera, a polícia alemã anunciou a descoberta no ministério das Finanças, em Berlim, de um pacote que continha uma “mistura explosiva”, frequentemente utilizada para causar ferimentos consideráveis.
O pacote, que foi descoberto no setor de correios do ministério, continha uma mistura geralmente utilizada para a produção de material pirotécnico, segundo indicou a polícia.
De acordo com um porta-voz da polícia, também foi encontrado “uma espécie de detonador”.
Os jornais Bild e B.Z indicaram que o pacote seria endereçado diretamente ao ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.
“A mistura poderia ter causado, com a abertura do pacote, ferimentos consideráveis”, segundo a fonte.
A polícia evacuou o setor e as imediações para poder proceder à abertura do pacote em segurança.
O presidente da França, François Hollande, disse que explosão no FMI de Paris foi um atentado.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, condenou o ato de violência cometido contra a sede da instituição em Paris.
“Fui informada da explosão no escritório do FMI em Paris, que feriu uma de nossas funcionárias. Estou em contato com o escritório e minha solidariedade está com nossos colegas de lá. Condeno este ato de violência covarde e reafirmo a resolução do FMI de continuar seu trabalho para assegurar seu mandato”, concluiu.
Em janeiro de 2016, um pacote suspeito, que no fim das contas não representava risco, foi encontrado na sede do governo. E em novembro de 2010, um pacote contendo explosivo, endereçado à chanceler Angela Merkel, foi desarmado fora da chancelaria.
AMAZONIANAREDE-AFP