Estressados estudantes que fizeram as provas do Enem reclamaram contra a falta de ônibus

Escola Adalberto Vale
Escola Adalberto Vale
Amazonianarede/AM-TV

Manaus – Os quase 150 mil estudantes que participaram em Manaus das provas do Enem no último final de semana, vivem horas de tensão e muita expectativa, além de um sofrimento extra provocado pelo horário brasileiro de verão, o causou um sacrifício para os participantes, que ainda reclamaram da falta de transporte coletivo.
Os alunos se concentraram em frente às escolas após o término da prova. Raina Simão, de 18 anos, prestou o exame pela primeira vez. “Achei a prova fácil no geral. Porém, algumas questões estavam bem difíceis, principalmente a parte de lógica e raciocínio. Tinha umas equações matemáticas que nunca tinha visto e nem ouvido falar”, contou a estudante do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Francisca Botineli.

A aluna, que pretende cursar Engenharia Civil, ainda contou que sentia-se preparada, apesar de não ter feito cursos preparatórios. “A escola onde estudo nos ofereceu apostilas com temas atuais para estudarmos, e questões retiradas das provas anteriores”, disse Raina, que realizou a prova no Centro Educacional Adalberto Valle, localizado na Zona Centro-Sul de Manaus.
No mesmo colégio, Pedro Souza Lima, 18, afirmou ter se preparado bastante em casa. “Não tinha dinheiro para pagar um cursinho, mas estudava cerca de quatro horas por dia em casa, e ainda tinha aulas de reforço na escola onde estudo”, contou o candidato, que ainda não escolheu qual faculdade cursará. “O assunto mais difícil para mim foi Espanhol. Pensei que pela semelhança com o Português, as questões seriam mais fáceis”, explicou.
Já o militar Paulo Júlio, de 39 anos, que pretende cursar Licenciatura em Matemática, chegou à capital de uma missão na fronteira há cerca de dois meses, e mal teve tempo para se preparar. “Não me preparei nada, mas creio que acertei 60 por cento do exame. Em comparação com a prova de 2010, último ano que fiz o Enem, esta estava mais difícil, talvez por não ter me preparado, ou pela inclusão de línguas estrangeiras, as quais não domino”, lamentou.

O soldado relatou ainda que no primeiro dia as questões estavam difíceis a nível de ensino superior. “Para o Enem acho essencial que a pessoa faça um curso preparatório. As aulas de Ensino Médio aqui no Amazonas não são tão aprofundadas em Química e Biologia por exemplo”, ressaltou.
A estudante Débora Salgueiro, que cursa o segundo período da faculdade de Direito, disse que este ano fez o exame somente para autoavaliação. “Fiz a prova em 2011 para entrar na faculdade, e este ano somente para avaliar meus conhecimentos”, afirmou. Para ela, as questões de Matemática estavam muito fáceis. “Pura baboseira, só regra de dois simples e outras coisas fáceis do Ensino Médio. Em compensação, achei o tema da redação deste ano bem difícil, não esperava por ele”, completou.

No mesmo local, Daygliane Souza, de 17 anos, que cursa o 2º ano do Ensino Médio, veio pela experiência. “Não me preparei, vim para ver como é o Enem, ter uma base para o próximo ano”. Quando questionada sobre a experiência, ela contou: “Achei a prova difícil e cansativa, passei quatro horas e meia sentada, lendo textos e mais textos, todos muito longos. Mas salvo o cansaço da prova, o Enem se mostra algo muito bom, porque dependendo da pontuação que você alcançar, poderá escolher o curso, tendo assim mais oportunidades”, finalizou a estudante, que pretende cursar Arquitetura em 2014.

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