
Amazonas – Uma ação conjunta formada pelo Governo do Estado, através a Secretaria de \saúde e mais 12 municípios do Estado, estiveram reunidos hoje com a participação de gestores de saúde e o governador José Melo com o objetivo de planos e metas para controlar a proliferação da malária e outras doenças transmitidas pelo mosquito. As cidades convocadas para a reunião registraram, no ano passado, 70% dos casos da doença no estado. Conforme o Governo, o objetivo é reduzir em 20% a incidência da malária nessas localidades.
Entre 2014 e 2015 houve um aumento de 9,4% nos casos de malária no Amazonas. Durante o ano passado foram registrados 73.744 casos da doença, contra 66.788 em 2014. Para melhorar os indicadores, um plano de intensificação das ações de controle da malária foi traçado para cada um dos 12 municípios, entre eles Manaus, Atalaia do Norte, Barcelos, Eirunepé, Coari, Lábrea, Ipixuna, Tabatinga, Tefé, São Gabriel da Cachoeira, São Paulo de Olivença e Santo Antônio de Içá.

Além da redução de 20%, a expectativa é que o número de casos diminua em 50% nas cidades em que há incidência de transmissão urbana da infecção. “Tivemos uma aumento global de quase 10% da doença em 2015. Por isso esta ação será feita no sentido de reforçar as outras, em diversos pontos que serão atacados para combater a malária, que é o maior problema de saúde pública do Amazonas”, disse o secretário estadual de saúde Pedro Elias de Souza.
Plano de combate
Segundo, o diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS) – órgão responsável pela assessoria técnica aos municípios -, Bernardino Albuquerque, os representantes de cada município formularam os planos para combate à malária nas cidades. Cada projeto foi revisado pelo órgão e devolvido às prefeituras, durante a reunião, para execução.
“Estes são municípios em que nós precisamos fazer uma ação integrada e mais efetiva para ter êxito na diminuição dos casos da doença do estado. O papel dos municípios é extremamente importante, porque a malária não se combate só matando o mosquito. Nós temos que eliminar criadouros, além de acabar com as ocorrências de malária urbana, que não se admite mais”, contou Albuquerque.
O plano deve começar a ser executado na próxima semana em cada cidade. De acordo com o governador do Amazonas, José Melo, municípios com maior incidência da doença e que apresentam maiores dificuldades de logística devem receber mais recursos, que totalizam R$ 4,2 milhões.
Indígenas

Municípios como São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, têm um agravante. Mais de 70% da população é indígena e as aldeias ficam muito distantes, o que torna o trabalho lá mais complicado. Isso foi levado em consideração no plano. Os recursos foram destinados de acordo com as peculiaridades de cada cidade, para que a gente possa combater a malária de forma linear em todo o estado”, explicou Melo.
Os recursos aplicados para os planos de intensificação de controle devem custear a aquisição de equipamentos, como carros, barcos e motocicletas, combustível, material permanente, insumos estratégicos como mosquiteiros e materiais de laboratório, além de aparatos para proteção individual.
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