Empresas especializadas não demonstram interesse em prestar Assistência Técnica nos assentamentos de reforma agrária

(Foto: Ascom)

Apesar da disponibilidade de recursos para a implementação do programa, a Superintendência do INCRA no Amazonas, tem encontrado dificuldades para levar até aos assentamentos de reforma agrária a Assistência Técnica, segundo informou a coordenadora de ATES, Keila Fernandes, que ontem realizou uma reunião com as lideranças de vários assentamentos, para debater a questão, especialmente mostrar, que a falta da ATES nos assentamentos não depende do INCRA que tem envidado esforços para resolver a questão, mas a falta de empresas interessadas em assumir essa ação tem sido o grande empecilho para deslanchar a ferramenta nos assentamentos de reforma agrária no Estado.

Na abertura do encontro, a superintendente Maria do Socorro Marques Feitosa, falou na necessidade da chegada urgente da assistência técnica aos assentamentos, especialmente após o ministro Pepe Vargas ter anunciado na sua recente visita a Manaus que a exemplo do semi-árido, a Amazônia terá um Plano Safra específico.

“Entendemos – disse Feitosa, que o programa de ATES precisa deslanchar no Amazonas. Sem essa grande ferramenta colocada à disposição pelo Governo Federal, grande parte das ações de reforma agrária, que trabalha no campo da agricultura familiar, será engessada e estamos lutando para que isso não ocorra, mas infelizmente não depende exclusivamente das ações desenvolvidas pelo INCRA, levando em conta que o trabalho é desenvolvido por empresas privadas”.

Segundo Feitosa, o Plano Safra Amazônia anunciado pelo Governo Federal, para o seu bom desenvolvimento e apresentar resultados satisfatórios, a assistência técnica é fundamental para ajudar o trabalho dos assentados que serão os grandes protagonistas do programa.

O delegado do MDA no Amazonas, Arivan Seixas, também participou da reunião e reforçou o discurso da superintendente do INCRA, sobre a necessidade da assistência técnica chegar logo aos assentamentos da reforma agrária no Estado e ainda aproveitou para solicitar que as empresas especializadas se interessem em participar desse importante programa para o Governo Federal e para os trabalhadores do campo.

DESINTERESSE

Na conversa que teve com as lideranças dos assentamentos, Keila Fernandes, falou dos trabalhos de ATES desenvolvidos este ano e chamou a atenção para os problemas que estão ocorrendo ainda nos assentamentos pela falta da assistência técnica, ressaltando que apear dos recursos disponíveis para a contratação de empresas especializadas, radicadas no Amazonas para desenvolver essa ação, não demonstram interesse em participar do programa e isso, tem dificuldade a efetivação dos contratos e conseqüentemente a falta do programa nos assentamentos de reforma agrária.

Lembrou a coordenadora que recentemente o INCRA lançou uma chamada pública para levar a assistência técnica para vinte e um assentamentos em nove municípios, no valor de R$ 13 milhões e nenhuma das sete empresas existentes e legalizadas no Amazonas compareceram e com isso, a chamada foi abortada e a assistência técnica não chegou aos assentamentos.

NOVA CHAMADA

Para Keila Fernandes o trabalho para levar a assistência técnica aos assentamentos continua e anunciou para o início do ano o lançamento de uma nova chamada pública para que essa ferramenta possa chegar aos assentamentos e auxiliar os assentados na produção de diferentes culturas com novas tecnologias e trabalhas de maneira correta e com isso, possa haver aumento na qualidade dos produtos e aumento na produção e produtividade.

A próxima chamada pública para a contratação de ATES pelo INCRA, para atender a setenta e quatro assentamentos de reforma agrária, no valor de R$ 36 milhões com o objetivo de beneficiar diretamente 10.500 famílias.

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