Ecossistemas organizacionais geram comportamento sustentável no PIM

Amazonianarede – Fapeam

Manaus – A preocupação com o desenvolvimento da Amazônia e de seu povo perpassa os muros da Universidade e ganha dimensões em diversas esferas como o Governo, a Iniciativa Privada e a Sociedade Civil Organizada, dentro de um contexto ecossistêmico, onde cada uma das organizações interage com as demais gerando novos comportamentos socioeconômicos e culturais, em tempos de sustentabilidade.

De acordo com o doutor em Gestão Global, Estratégica e Desenvolvimento Empresarial pelo Instituto Universitário de Lisboa (IUL/ISCTE), Mário Costa, com o passar dos anos, a forma de gerir a sociedade é guiada por uma nova visão e surgem teorias que estão amparadas no Paradigma da Sustentabilidade, uma tendência mundial que atrai as diversas áreas do conhecimento para atuarem inspiradas nas organizações da própria natureza e de seus diversos ambientes ecossistêmicos.

O pesquisador atua como secretário-geral da Fundação Rede Amazônica, organização que investiu no progresso e na integração da Amazônia por meio de empresas de comunicação situadas em cinco Estados da Região Norte. A empresa conta com um departamento específico sobre Estudos Amazônicos, dentro da visão de que é preciso investir em pesquisa, seguindo a tendência de grandes organizações mundiais.

A proximidade com o PIM e o interesse pelo desenvolvimento do Estado priorizando as questões regionais, especialmente a preocupação com a preservação do meio ambiente, levaram Costa a desenvolver sua tese de doutorado intitulada ‘A influência das organizações do terceiro setor no comportamento social das empresas do Polo Industrial de Manaus’. Segundo o pesquisador, o Polo é uma importante fonte de pesquisa para a região.

“O PIM funciona como um verdadeiro laboratório de pesquisa porque você tem uma fotografia uma noção do que se faz no mundo aqui dentro dessa região. Aqui estão as maiores empresas do mundo, referências mundiais de diversos tamanhos, nacionalidades, culturas e estruturas”, explicou.

Durante a pesquisa, Costa teve como base teorias que fomentam essa nova forma da atuação organizacional, como Stakeholders que aborda a preocupação da empresa não só com o seu negócio, mas da forma como ela vive em harmonia com o meio ambiente e com a sociedade, além da Triple Botton Line que também se preocupa com esse processo ecossistêmico da empresa com os seus diversos ambientes e como se dão essas interações.

A pesquisa demonstra que nos últimos cinco anos, as empresas de grande dimensão apresentaram mais mudanças em processos ou produtos a fim de evitar embates com organizações ambientalistas, com base também em estudos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Para os próximos cinco anos, essas empresas devem atender às normas de certificação ambiental e ampliar pesquisas em P&D, devido às pressões advindas dos movimentos ambientais que cada vez mais mobilizam o governo, o setor privado e a sociedade civil organizada. Um exemplo dessa mobilização é a Rio + 20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junho de 2012.

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