É campeão! Galo vence o Olimpia no pênaltis e conquista a Libertadores

Yes, they CAM. Atlético luta durante 120 minutos e conquista a América pela primeira vez.

Vencer, vencer, vencer. Este é o nosso ideal. A letra do hino do Atlético Mineiro nunca se apresentou de maneira tão convincente como nesta quarta-feira. Em seus 105 anos de história, o Galo viveu sua noite mais importante. Em 90 minutos da mais pura emoção, a equipe de Cuca conseguiu vencer por 2 a 0 e levar o jogo para prorrogação e, em seguida, para os pênaltis.

No decorrer da semana, o próprio treinador profetizou. Com o Galo, tudo é no sofrimento. E nos pênaltis (4 a 3), o Galo se tornou o mais novo dono da América! É campeão! Contou novamente com a estrela de Victor que assim como nos jogos contra Tijuana e Newell’s Old Boys teve a missão de sair como protagonista.

Se em campo o Atlético-MG fez sua parte, fora dele a massa atleticana teve colaboração importante. Foi com este apoio que os torcedores receberam Victor, Michel, Réver, Leonardo Silva, Júnior César, Pierre, Josué, Ronaldinho, Bernard e Diego Tardelli e Jô. Nas arquibancadas, a frase que se tornou um mantra para todo atleticano foi sendo formada aos poucos em um mosaico que preencheu todo o Gigante da Pampulha: Galo, Yes, We CAM.

FERROLHO DECANO TRAVA OS ANFITRIÕES

O Galo entrou em campo e Ronaldinho Gáucho disparou. Assim como disparou Tardelli na ponta direita. O cruzamento rasteiro saiu um pouco além da conta e Jô, por centímetros, não inaugurou o placar. Com dez minutos de jogo, o Atlético já tinha chegado por pelo menos três vezes. Os visitantes se arriscavam nos lançamentos longos, quando não recorriam aos chutões. Com 25 minutos do primeiro tempo jogado, os paraguaios protagonizaram o primeiro lance de extremo perigo do jogo. Bareiro invade a área pelo lado esquerdo e só não calou o Mineirão porque Victor não quis que assim fosse.

Precisando superar o ferrolho decano, o Atlético parava na forte marcação do Olimpia. Jô encontrava muitas dificuldades quando recebia a bola de costas para o gol. Bernard e Ronaldinho procuravam nos chutes de longe o tento inicial da partida. Nas subidas ao ataque, Réver e Leonardo Silva não conseguiam o cabeceio ideal. Faltava movimentação. Quando tocavam na bola, os atleticanos encontravam quatro, cinco, seis adversários em volta. E por mais uma vez, o Olimpia trocou passes, penetrou pela esquerda do campo e exigiu que Victor fizesse outro difícil bloqueio.

Cuca chamava seus homens à beira do campo. Josué se estranhava com um paraguaio no círculo central. Nas cadeiras, a Massa refletia o semblante de um time que ameaçava acusar o desespero. Os olhos pareciam ver as mesmas jogadas sendo repetidamente anuladas pelo muro no qual se transformava a defesa do rival. Com o ar pesado, os jogadores foram para o vestiário antes de tentar reverter o resultado nos próximos 45 minutos.

SOFRIMENTO É RECOMPENSADO E GALO LEVA JOGO PARA A PRORROGAÇÃO

Rolou a bola no segundo tempo, e o Galo voltou sem o seu cão de guarda. Com dores, Pierre ficou no vestiário, enquanto Rosinei foi para o jogo. Assim como diz as letras de seu hino, o Atlético precisaria lutar, lutar e lutar. E lutou. Aproveitando a falha da zaga, Jô tirou o jejum de oito jogos sem gols e finalizou no canto direito de Martín Silva. A ausência da tradicional comemoração com Ronaldinho significava que ainda não tinha nada ganho. No entanto, o gol logo no primeiro minuto dizia à Massa que ainda restavam 44 voltas no relógio. E ela, entendeu. Mais um vez, torceu contra o vento e incendiou o Mineirão.

PRORROGAÇÃO FICA SEM GOLS

Como Cuca já havia antecipado logo após a derrota em Assunção, ‘com o Galo, tudo é sofrido’. Ainda antes do início da prorrogação, Ronaldinho Gaúcho rezava no banco de reservas. Ele como nunca poderia provar de uma vez por todas sua volta por cima.

A bola correu em um ‘novo’ jogo foi iniciado. Beneficiado pela expulsão de Manzur, desta vez, o Atlético não estava apenas com um jogador a mais. Paciente, o Galo soube pressionar durante os primeiros 30 minutos, mas sem felicidade. Na cabeçada de Réver, a trave insistiu mais uma vez em evitar o título. Na bola colocada por Guilherme, Martín Silva espalmou e mostrou que queria estragar a festa. Atlético-MG e Olimpia decidiriam a Libertadores da América na cobrança de pênaltis.

SANTO DE CASA FAZ NOVO MILAGRE

O Olimpia começou com Miranda, Ferreyra, Candía, Aranda e Giménez. O Galo tinha Alecsandro, Guilherme, Jô, Leonardo Silva e Ronaldinho.

Victor defendeu a primeira cobrança de Miranda. Alecsandro marcou. Ferreyra diminuiu para os paraguaios. Guilherme, rasteiro, fez o segundo atleticano. Candía voltou a diminuir para o Olimpia, mas Jô recolocou o Galo na frente. 3 a 2.

Aranda encheu o pé e deu novas esperanças para os visitantes, mas Leonardo Silva não deixou a vantagem cair. 4 a 3, e Giménez seria o responsável pela última batida. Cobrança esta que saiu para fora. Cuca, mais uma vez, ajoelhado e com a camisa de Nossa Senhora, foi ao chão.

(Lancenet) 

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