Dinheiro falso e ‘panelaço’ em votação de MP do ajuste fiscal

O "Panelaço" foi a Câmara ontem
O "Panelaço"  foi a Câmara ontem
O “Panelaço” foi a Câmara ontem

BrasiliaA oposição fez um “panelaço” no plenário da Câmara nesta quarta-feira (6) durante a votação da medida provisória 665, que altera as regras de acesso ao seguro-desemprego. Com panelas e colheres, deputados do DEM, PSDB e PPS fizeram barulho por cerca de 10 minutos durante a análise de um destaque que visava modificar o texto da proposta.

“A turma do PSDB trouxe as panelas para a gente bater e protestar”, disse o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), com os instrumentos em mãos.

O ato, organizado pela oposição, é uma referência ao “panelaço” realizado em várias cidades do país nesta quarta (5) durante a propaganda do PT em cadeia nacional de rádio e TV. No vídeo publicitário do partido, o presidente do PT, Rui Falcão, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticam o projeto de lei que regulamenta a terceirização e prometem sanções a integrantes da legenda que forem condenados judicialmente.

Apesar da manifestação da oposição em plenário, a maioria dos deputados aprovou o texto-base da medida provisória 665. Cinco destaques que pretendem alterar o teor da proposta serão votados nesta quinta (7).

O líder do governo, José Guimarães (CE), minimizou o “panelaço” e alfinetou o PSDB ao fazer referência à greve de professores no Paraná, estado governador pelo tucano Beto Richa. “Eles deviam se preocupar com o panelaço em Curitiba. Isso é uma oposição que não tem compromisso com o país”, afirmou o petista.

Tumulto entre deputados e sindicalistas

Além do “panelaço”, a sessão de votação da medida provisória teve tumulto entre deputados e retirada de sindicalistas do plenário. Integrantes da Força Sindical ocuparam as galerias durante as primeiras horas de votação da medida provisória, mas foram retirados do local depois de jogarem dezenas de papéis que imitam cédulas de dólar e gritarem palavras de ordem contra o PT.

As notas falsas de dinheiro, também apareceram
As notas falsas de dinheiro, também apareceram

Os papéis jogados pelos sindicalistas trazem imagens da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em cada cédula, há a foto de um dos três políticos, com a palavra “PETRO DÓLAR”.

Entre as palavras de ordem gritadas pelos sindicalistas estava: “Fora, PT” e  “trabalhador unido jamais será vencido”. Após a retirada, por seguranças, dos manifestantes do plenário, Cunha retomou a sessão de votação da medida provisória. No entanto, pouco depois uma discussão entre três deputados gerou nova suspensão.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) manifestava seu posicionamento sobre a medida provisória quando o deputado Roberto Freire (PPS-SP) tocou o colega com as mãos pelas costas. Silva reagiu: “Não toque em mim, não toque em mim”. Em seguida, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que estava ao lado de ambos, criticou Freire e o acusou de tê-la empurrado.

Em meio à confusão que se formou no plenário, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) foi a um dos microfones, contestou a acusação da deputada e disse que “mulher que bate como homem, tem que apanhar como homem também“.

“Ninguém pode se prevalecer da posição de mulher para querer agredir quem quer que seja. E eu digo sempre que mulher que participa da política e bate como homem, tem que apanhar como homem também. É isso mesmo, presidente”, afirmou Fraga, o que gerou tumulto em plenário e a suspensão da sessão por mais alguns minutos.

Jandira Feghali afirmou a jornalistas, posteriormente, que vai protocolar requerimento contra Fraga por quebra de decoro parlamentar e que avalia processá-lo judicialmente.

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