Cruzeiro bate o Vitória após ser tricampeão no intervalo

(Fonte: Gazetapress)

Há menos de uma semana, quando ainda não era tricampeão brasileiro, o Cruzeiro fez mais festa no Mineirão (com a vitória por 3 a 0 sobre o Grêmio) do que nos primeiros minutos após assegurar matematicamente a sua conquista, no Barradão, na noite desta quarta-feira. Não foi para menos.

O título veio no intervalo do triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória, já que o Criciúma derrotara o vice-líder Atlético-PR por 2 a 1 naquele instante.

Com mais um resultado positivo no Campeonato Brasileiro (o seu 23º), o Cruzeiro passou a somar 74 pontos – o Atlético-PR tem 58 – e não pode mais ser ultrapassado por ninguém na tabela de classificação. Já o Vitória, totalizando 51, distanciou-se da zona de classificação para a Copa Libertadores da América.

Como o título era mesmo questão de tempo, o Cruzeiro entrou solto no gramado do Barradão. Não se importou com a pressão do Vitória e abriu o placar no primeiro tempo, com gol Willian. Já campeão brasileiro, sofreu o empate, através de Dinei. Mas Júlio Baptista e Ricardo Goulart fecharam a contagem.

Na próxima rodada, o tricampeão Cruzeiro, melhor do País em 1966, 2003 e 2013, passará a cumprir tabela diante da Ponte Preta, no domingo, em Varginha. O Vitória voltará a campo no mesmo dia, contra o Santos, novamente no Barradão.

O jogo – O Cruzeiro entrou em campo como (quase) tricampeão brasileiro. Ao menos esse era o ponto de vista da torcida visitante no Barradão, que recepcionou o time azul com uma festa digna de título. Como o Vitória também estava empolgado, os jogadores puderam realmente cruzar os braços – em protesto orquestrado pelo Bom Senso FC – só mesmo durante o minuto de silêncio concedido pelo árbitro Paulo Godoy Bezerra.

Quando a partida começou, o Vitória fez questão de estabelecer a correria. O time da casa aproveitou o fato de o Cruzeiro já se sentir campeão para pressionar o adversário nos primeiros minutos. Para vazar o goleiro Fábio, contudo, restava Escudero, Marquinhos e Dinei ajustarem a pontaria em suas séries de finalizações.

O volante Leandro Guerreiro até colaborou para o Vitória tentar abrir o placar. Aos 23 minutos, por exemplo, ele recuou mal uma bola, que foi parar nos pés de Marquinhos, livre de marcação. O Cruzeiro só não tomou o gol porque Fábio fez grande defesa na conclusão do atacante. Pouco depois, em nova falha de Leandro, Escudero arriscou de fora da área e mandou por cima da meta.

As inúmeras oportunidades criadas pelo Vitória não significavam que o Cruzeiro apenas assistia à partida. Nos momentos em que atacava, a equipe visitante mostrava que poderia ser letal. Como em um voleio do centroavante Borges, que passou rente à trave. O jogador chegou a se levantar do gramado com um sorriso no rosto, pronto para comemorar.

Mas o Vitória ainda era mais presente no setor ofensivo. Aos 30, Dinei teve a chance de estufar a rede da marca do pênalti. Depois da bonita ajeitada de bola de Juan, o centroavante encheu o pé com gosto, porém acertou a placa de publicidade. Para os torcedores rubro-negros, o gol parecia questão de tempo.

E realmente foi. Só que contra o Vitória. Aos 36, Dagoberto fez bom domínio de bola após lançamento longo e acionou Willian, que invadiu a área e tocou na saída do goleiro Wilson para deixar o Cruzeiro ainda mais próximo da conquista do Campeonato Brasileiro.

Os jogadores do time mineiro nem precisariam esperar o jogo com o Vitória acabar, no entanto, para ratificar o título. No intervalo, eles se reuniram no vestiário para assistir aos minutos finais do triunfo do Criciúma sobre o Atlético-PR. Subiram (ou pularam, tamanha era a alegria) no gramado já como campeões. “Estou muito alegre, mas precisamos pensar no jogo, pois tomamos um sufoco no primeiro tempo”, priorizou o comandante Marcelo Oliveira.

Seria difícil, contudo, fazer o Cruzeiro encarar o duelo com a mesma seriedade do Vitória. Apesar de ter voltado a campo com o jovem Everton no lugar de Egídio, vaiado no primeiro tempo por causa de sua passagem apagada pelo clube baiano. Do outro lado, Ney Franco reforçou o seu ataque com William Henrique na vaga de Renato Cajá.

Como era de se esperar, o Vitória tomou a iniciativa de tentar acuar o campeão brasileiro no segundo tempo. William Henrique criou uma oportunidade logo em sua primeira participação no confronto. Aos cinco minutos, o gol. Em uma nova saída de bola errada do Cruzeiro, Dinei recebeu do jogador que havia acabado de entrar, dividiu com Fábio e conferiu.

O gol do Vitória fez alguns torcedores do Cruzeiro, mesmo com o título, exibirem feições preocupadas no setor visitante do Barradão. A agonia com o desempenho da equipe campeã duraria pouco. Aos 25, quando os donos da casa reclamavam de impedimento, Dagoberto avançou sozinho pela esquerda e rolou para Júlio Baptista empurrar a bola para a rede.

Ainda houve tempo para mais. Aos 35, Ricardo Goulart recebeu assistência de Willian e bateu colocado para sacramentar o resultado positivo sobre o Vitória. Àquela altura, a torcida rubro-negra já deixava as arquibancadas do Barradão, enquanto os cruzeirenses se sentiam donos da casa. Até mesmo Marcelo Oliveira e os seus reservas deixaram de ver o jogo para vibrar nos minutos finais.

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