Cresce em Boa Vista (RR) os ataques de piranhas a banhistas

Cresce em Boa Vista (RR) os ataques de piranhas a banhistas

Em 2 meses, piranhas morderam 60 pessoas; em 2016, foram 22 ataques.Ainda não há explicação para os ataques; cinco praias têm placas de alerta.

Rio Branco, RR – No Norte do Brasil, biólogos estão investigando por que aumentaram os ataques de piranhas nos rios da capital de Roraima.

Água rasa, clarinha e areia branca: são as praias de água doce do extremo Norte. Um convite para se refrescar na época mais quente e seca do ano na região. Mas a tranquilidade é só aparente. A Brenda descobriu o motivo.

“Eu fiquei lá movimentado meus pés porque tinha dor. E depois uma outra menina foi lá e minha amiga falou para mim, será que te mordeu uma piranha?”, contou a estudante  Brenda Pinedo.

Nos últimos dois meses, piranhas morderam 60 banhistas em Boa Vista.  Em todo o ano de 2016, o número foi bem menor: 22 ataques. Em 2015, nenhum. A Daniele ficou com marcas das mordidas nos pés.

“Em pouco tempo que eu estava dentro d’água eu sofri o primeiro ataque. Aí tomei um susto. Não consegui levantar na hora. Resolvi não soltar para não atrair mais por conta do sangue. Mas antes disso já fui mordida do outro lado também”, disse a também estudante Daniele Mota.

Cinco praias receberam placas de alerta. Até quem tenta orientar banhistas não escapou das mordidas.

“Pelo que a gente sabe são umas piranhas pequenas que atacam no raso”, contou um oficial do Corpo de Bombeiros Militar.

Ainda não há explicação para os ataques nas praias de Boa Vista. O certo é que o assunto despertou o interesse de pesquisadores de diferentes instituições. A pesquisa inclui até a coleta de amostras da água nas praias para saber o que está causando esse desequilíbrio ambiental.

“Alguns estudos demonstram que a mudança na qualidade da água tende a aumentar este tipo de ocorrência, contaminação da água, poluição, esgoto e, claro, comida, que também altera a qualidade da água”, explicou o biólogo Romério Briglia. Para escapar do calor da Amazônia, tem gente que ignora os alertas.

“Tem ficar no rasinho, ficar no meio do pessoal, acontecer um ataque lá já era”, diz o rapaz.

“Ficar mais perto da margem para qualquer coisinha dar tempo de correr e chegar na areia”, afirma outro banhista.

Amzonianarede-JN

 

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