Manaus – A incapacidade de gestão da empresa concessionária comprometeu todo o trabalho e levou ao sucateamento da Cosama, de acordo com relatórios técnicos apresentados à CPI da Água, instalada na Câmara Municipal de Manaus (CMM) para investigar irregularidades no contrato e na empresa Amazonas Ambiental, responsável pelo abastecimento de água e serviço de esgoto na cidade de Manaus.
Isso foi revelado no quarto dia de leitura do relatório da CPI, na manhã desta quinta-feira (25), na sala de reuniões das comissões técnicas da CMM, onde estiveram presentes os vereadores Leonel Feitoza (PSDB), presidente; Marcel Alexandre (PMDB), relator; e os membros Waldemir José (PT), Joaquim Lucena (PSB), Mário Bastos (PRP) e Fabrício Lima (PRTB). A leitura desta quinta-feira teve início às 10h, na página 95 do relatório de 353 páginas e estendeu-se até 11h30. O presidente da CPI, Leonel Feitoza marcou a próxima reunião para a continuação da leitura do relatório para próxima segunda-feira, às 10h, no mesmo local, quando será feita a leitura da segunda parte do relatório que aborda os motivos do não cumprimento das metas.
Na sessão de leitura desta quinta, constatou-se no relatório técnico que o patrimônio da empresa não poderia ser vendido em leilão e, assim, os bens jamais deixaram de pertencer ao poder concedente. De acordo ainda com o relatório, a depreciação foi um dos principais fatores do não cumprimento das clausulas contratuais pela empresa concessionária. Para o relator Marcel Alexandre, o mais estranho é que o sucateamento é em favor da empresa e contra o patrimônio Público. “Essa alegação é absurda quando vemos que há muito favorecimento à iniciativa privada em detrimento com o bem público e do erário”, disse ele.
(Fonte: Manoel Marques)