Comitê de Monitoramento da Microcefalia enviará nota técnica às maternidades

O Comité, vai encaminhar nota técnica às materniess

O Comité, vai encaminhar nota técnica às materniess
O Comité, vai encaminhar nota técnica às materniess

Amazonas – O Comitê multidisciplinar criado pela Secretaria Estadual de Saúde (Susam) para fazer o monitoramento dos casos de Microcefalia vai elaborar uma Nota Técnica complementar a ser enviada às maternidades das redes pública e particular do Estado, para atualizar as recomendações do Ministério da Saúde sobre a rotina de atendimento dos casos suspeitos da doença.

Reunidos nesta terça-feira (15), na sede da Susam, técnicos e especialistas que integram o comitê, aprovaram a minuta do documento, que aborda questões como as novas medidas-padrão do perímetro cefálico a serem consideradas para o diagnóstico da doença e a lista de exames a serem coletados ainda no âmbito da maternidade.

Entre as novidades da última versão do Protocolo de Vigilância e Resposta à Ocorrência de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central, editado nesta semana pelo Ministério da Saúde, estão os novos parâmetros de medicação do perímetro cefálico, que passaram a ser diferentes para bebês do sexo masculino e feminino (para menino, a medida será igual ou inferior a 31,9 centímetros e, para menina, igual ou inferior a 31,5 centímetros).

Aferição

Outra recomendação é que a aferição do perímetro deve ser feita, preferencialmente, após as primeiras 24 horas do parto ou até a primeira semana do nascimento. “O Ministério tem feito adequações e temos que atuar no sentido de garantir que estas informações estejam presentes e assimiladas pelas equipes das maternidades”, disse o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Bernardino Albuquerque, que coordenou a reunião desta terça-feira.

Durante a reunião, também foi apresentado o fluxograma definido pelo Comitê para o atendimento dos recém-nascidos que se encaixem nesse perfil.  O documento detalha como deve ocorrer o encaminhamento das crianças, a partir do diagnóstico clínico inicial feito na maternidade. Inclui as unidades de referência para a realização dos exames previstos no protocolo do Ministério da Saúde e as unidades de referência que atuarão, por exemplo, como centro de estimulação precoce e de seguimento ambulatorial dos bebês.

“É um documento importante para a orientação dos profissionais da rede, sobretudo para aqueles que estão nas maternidades e que terão o primeiro contato com os recém-nascidos, a partir do parto”, explica Luena Xerez, técnica da Susam que coordenou o trabalho de elaboração do fluxograma.

Interior do Estado

O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, disse que, paralelamente à organização do fluxo de atendimento da rede de saúde da capital, o Comitê também já está trabalhando para orientar a organização do atendimento nos municípios do interior do Estado.

“Estamos na fase de identificação dos perfis de cada município, em relação às equipes profissionais disponíveis, às estruturas de atendimento da Atenção Básica, entre outros detalhes, para definir, por exemplo, a necessidade de intensificar capacitações e reorientar protocolos”, informou o secretário.

Ele ressalta que o fluxograma de atendimento inclui o acompanhamento pré-natal, feito na Atenção Básica, o atendimento ao parto, nas maternidades, e o acompanhamento, pela rede de serviços especializados, dos bebês que apresentem características da microcefalia.

Casos notificados

Segundo o último Informe Epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) – que também tem representantes no Comitê –,  Manaus tem 227 casos notificados de grávidas com quadro de Zika, dos quais 44 confirmados, 42 descartados e 141 ainda sob investigação. Em relação aos casos de microcefalia, foram 8 casos notificados  de suspeita de doença, até o momento, sendo que um deles já foi descartado e sete permanecem sob investigação.

A subsecretaria municipal de Gestão da Saúde, Lubélia Freire, destacou que a Semsa já definiu uma unidade de referência obstétrica para o acompanhamento das grávidas com suspeita de microcefalia e que estas pacientes serão encaminhadas para o serviço pelas demais unidades da Atenção Primária. “Em breve estaremos divulgando este fluxo, mas é importante destacar que a porta de entrada é sempre a Unidade Básica de Saúde”, afirmou.

|Amazonianarede-Secom

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.