Cidade de Anamã está inteiramente alagada pelas águas do Solimões

Cidade de Anamã, no Solimões, inteiramente tomada pelas águas
Cidade de Anamã, no Solimões, inteiramente tomada pelas águas
Cidade de Anamã, no Solimões, inteiramente tomada pelas águas

Amazonas – Ruas, escolas e casas de Anamã, a 168 quilômetros de Manaus, foram inundadas pela cheia do Rio Solimões, no Amazonas. Segundo a Defesa Civil, a cidade está 100% debaixo d’água, o que tem afetado 8.323 pessoas. Os atendimentos médicos estão sendo feitos em uma unidade flutuante. O serviço de coleta de lixo está prejudicado, e os resíduos são recolhidos em canoas.

A prefeitura já decretou estado de emergência, mas falta o decreto oficial a ser feito pelo governo do estado. Nesta semana, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, chegou a fazer um sobrevoo para constatar a situação na cidade. Em todo o Amazonas, 23 municípios decretaram emergência (veja mapa mais abaixo). Um está em situação de calamidade pública.

Em visita ao Amazonas, nesta segunda-feira (18), o Ministério da Integração Nacional anunciou repasse de R$ 5 milhões em auxílio às famílias vítimas da cheia em todo o estado.

Em Anamã, 18 comunidades enfrentam transtornos, entre elas Nossa Senhora de Nazaré, Nova Esperança, Sao Jose I e Santa Luzia. Até o momento, 26 escolas tiveram as atividades paralisadas, prejudicando o ano letivo de 2.640 alunos, segundo o coordenador-adjunto da Defesa Civil na cidade, Lindolfo Cardoso.

As casas da cidade, estão todas alagadas
As casas da cidade, estão todas alagadas

“A cidade está 100% alagada, passando por situações adversas. Mais de 500 casas estão com assoalhos submersos pelas águas. A prefeitura tem feito intervenção com tábuas, abrigo em barcos e deslocamento de pessoas para outras cidades.

As equipes de saúde têm feito atendimento nas casas de pessoas idosas e no posto da cidade. A assistência social também vem fazendo visitas domiciliar aos idosos e deficientes e atendendo com cestas básicas”, informou Cardoso.

Os atendimentos no Hospital Francisco Salles de Moura foram suspensos, depois que a água do rio invadiu a rua que dá acesso à unidade de saúde. A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) informou, no dia 12 deste mês, que os atendimentos estão sendo realizados em uma unidade flutuante instalada na cidade.

A Defesa Civil do Estado informou, por meio da assessoria de comunicação, que o governo analisa pedido de situação de emergência na localidade.

“A cidade está completamente alagada. A situação está ficando cada vez mais crítica, porque a água está subindo, e casas estão sendo alagadas”, relatou Lindolfo Cardoso. O coordenador-adjunto observou ainda que o contato com a água contaminada também é um problema enfrentado pelos moradores. Em razão da cheia, a coleta de lixo na cidade está afetada.

Equipes da prefeitura usam canoas para recolher o lixo das casas. Segundo o técnico, os resíduos são transportados por meio de balsas até o lago de Anamã (em terra firme), localizado a 8 km da sede da cidade.

A coleta do lixo na cidade é feita diariamente em canoas
A coleta do lixo na cidade é feita diariamente em canoas

Cheia no Amazonas

O município de Boca do Acre é o mais afetado pela cheia, com 20.905 pessoas de 4.181 famílias atingidas. A cidade, que fica no Sul do estado e é banhada pelo Rio Purus, está em estado de calamidade pública.

Humaitá, no Rio Madeira, e outros três municípios do Médio Solimões – Fonte Boa, Uarini, Alvarães – estão em situação de alerta.

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