Ciclovia vai ligar o Boulervard até a Marina do David, na Ponta Negra

Manaus – O projeto de dotar a cidade de ciclovias para atender a grande demanda de ciclistas e também funcionar como modal de transporte urbano está sendo consolidado pela Prefeitura de Manaus, que esta semana apresentou a Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, proposta por arquitetos, técnicos e designers do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) e deverá ser incluído nos lotes de licitações programados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) nos próximos meses.

A ciclovia terá 14,6 km de extensão, começando no encontro das avenidas Duque de Caxias e Álvaro Botelho Maia, na Zona Centro-Sul, passando por vias como a avenida Brasil e Coronel Teixeira até chegar à Marina do Davi, na Ponta Negra, Zona Oeste.

Além da ciclovia propriamente dita, haverá asfaltamento e reforma de calçadas por sua extensão, segundo explica o Diretor de Planejamento do Implurb, Laurent Troost. Ainda não há previsão de valores para a empreitada, cujos cálculos estão sendo concluídos.

O plano cicloviário que incluí o trecho Boulevard-Ponta Negra terá pontos de ciclovia, ciclofaixas e áreas compartilhadas.

Na avenida Brasil haverá crescimento de calçada ao lado da via até o Boulevard. O crescimento será de até 2,50m, quando o uso for bidirecional (ida e volta), e até 1,80m para unidirecional. Nesta via o pedestre continuará contando com três pistas de calçadas, que passarão por requalificação, sem perda de espaço. No trecho do Boulevard, a ciclovia terá crescimento para o canteiro central, também sem prejuízo para o pedestre, uma vez que a sua caixa viária tem mais três conjuntos de calçadas.

Já na avenida Coronel Teixeira, Ponta Negra, o projeto prevê a criação da ciclovia em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), sem interferir no passeio público.

Por questões de segurança, de ciclistas e de cadeirantes nas rampas de acesso e nos usos compartilhados da via/ciclovia, o projeto prevê em sua extensão os chamados taxões, ou balizadores. Nos 10 trechos de mapas desenhados, há 7 pontos exclusivos de ciclovias e 7 de ciclofaixas com suas interseções e o uso compartilhado em locais onde não é possível ter projeto cicloviário único. Nesses pontos haverá ampla sinalização vertical e horizontal para orientação e educação de pedestres, ciclistas e motoristas de modo geral.

PESQUISA

A partir de uma pesquisa feita pelo grupo Pedala Manaus e a Empresa Jr. da Uninorte Laurearte, apresentada ao Implurb esta semana, de Contagem de Bicicletas, em 12 horas se descobriu que passam pela avenida Brasil, 1.151 ciclistas, uma média de 96/h.

Os dados foram coletados em duas vias, nas avenidas Brasil e André Araújo, no dia 5 de junho, utilizando a contagem manual e fotográfica de ciclistas, que permite ver e rever vários itens correspondentes aos deslocamentos por bicicletas. Cento e quarenta pessoas foram envolvidas no projeto, que casou perfeitamente com um dos trabalhos desenvolvidos pelo Implurb, o da Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que prevê 14,6 km para uso de bicicletas, passando pela av. Brasil.

A ciclovia está em fase final de ajustes para ser incluída em um dos lotes de obras que serão licitadas nos próximos meses pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). “Nossa prioridade de administração e compromisso público é com todos os modais, do transporte público ao pedestre, com equilíbrio. Temos a Nova Djalma Batista, que terá calçadas universais para o pedestre, e a Ciclovia Boulevard-Ponta Negra, que atenderá aos ciclistas. A ciclovia está sendo produzida porque olhamos para as plataformas da cidade e dentro da estrutura delas vamos adaptando o que podemos, para dar mobilidade urbana à capital”, explicou o presidente do Implurb, Roberto Moita.

A pesquisa apresentada constatou que a avenida Brasil é um foco de mobilidade via bicicleta, mas observou também a necessidade de campanhas educativas de segurança no trânsito. “Poucos usam capacete e respeitam as leis de trânsito, porque pedalam na contramão. E o número de mulheres pedalando é muito baixo, em razão da falta de segurança. Os homens são mais ousados”, explica uma das coordenadoras do Pedala, Simone Russo.

As vias foram escolhidas para a contagem porque já constavam de material de pesquisa anterior como origem de ciclistas.

A pesquisa Contagem de Bicicletas – André Araújo/Avenida Brasil comprova a necessidade de uma atenção a um plano cicloviário para a Compensa e de educação de trânsito para todos os usuários, de quem pedala a quem dirige ou anda a pé.

(Semcom) 

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