Chile suspende alerta de tsunami após tremor forçar remoção de 1 milhão

Illapel amanheceu com marcas da destruição causada pelo terremoto
Illapel amanheceu com marcas da destruição causada pelo terremoto
Illapel amanheceu com marcas da destruição causada pelo terremoto

O Chile suspendeu na manhã desta quinta-feira (17) o alerta de tsunami gerado depois do terremoto que atingiu o centro do país nesta quarta e forçou 1 milhão de pessoas em áreas de risco a deixarem suas casas.

Segundo o Ministério do Interior, o tremor de magnitude 8,3 deixou oito mortos e um desaparecido. Entre os mortos, há quatro pessoas que sofreram problemas cardíacos após o sismo.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do abalo foi registrado às 19h54 (mesmo horário em Brasília) no litoral próximo a Canela Baja, na região de Coquimbo, a 293 quilômetros ao norte da capital.

“Eu pensei que fosse o fim do mundo e que nós fossemos morrer”, disse com os olhos embargados Manuel Moya, 38, que dormiu ao lado de sua mulher do lado de fora de sua casa destruída na cidade de Illapel, a 55 quilômetros do epicentro.

Reflexos do terremoto foram sentidos na cidade de São Paulo.

Segundo o Sistema Nacional de Alarme de Maremotos, a variação no nível das marés foi de 4,2 metros em Coquimbo, de 1,7 metro em Valparaíso e 0,8 metro em Constitución.

Foram registrados alagamentos em algumas cidades como Coquimbo, onde o mar avançou cerca de 500 metros no continente. A energia foi cortada em 240 mil casas.

A presidente chilena, Michelle Bachelet, agendou para esta quinta-feira uma visita às áreas mais afetadas pelo tremor, que foi seguido por dezenas deréplicas no país.

O porto de Coquimbo sofreu danos severos e está inoperante devido ao sismo, informou o ministro do Interior, Jorge Burgos.

A direção do aeroporto de Santiago informou que o terminal não interrompeu suas atividades, e o metrô da capital chilena estava com velocidade reduzida apenas por precaução.

“Mais uma vez nós devemos enfrentar um poderoso golpe da natureza”, disse Bachelet, que estava em sua casa no momento do terremoto.

O país andino foi atingido em 2010 por um terremoto de magnitude 8,8 seguido por um tsunami, deixando um saldo de mais de mil mortos. Nos últimos meses, o país enfrentou grandes enchentes, incêndios florestais e duas erupções de vulcão. FOLHAPRESS

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