Cheia nos rios Solimões e Javari já invadem ruas de B. Constant

As águas começam a invadir as ruas de Benjamim Constant

 

As águas começam a invadir as ruas de Benjamim Constant
As águas começam a invadir as ruas de Benjamim Constant

Amazonas – A subida das águas nos rios Solimões e Javari, começam a invadir as ruas da cidade de Benjamin Constant, e na tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia. A Defesa Civil emitiu alerta de cheia para autoridades do município.

O nível do Rio Solimões registrado na manhã de segunda-feira (28) foi de 11,63 metros, 20 centímetros a mais do que foi registrado no dia 31 de março do ano passado.

Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil da Prefeitura de Benjamin Constant, as águas do Rio Solimões já atingiram as comunidades localizadas nas ilhas fluviais de Bom Intento, Aramaçá, Arariá e em quatro ruas na área urbana da cidade.

Alguns moradores da Rua 5 de Setembro, no Centro de Benjamin Constant, começaram a sofrer com os efeitos da cheia. A rua está localizada em uma das áreas mais baixas da cidade, às margens do Rio Javari, que faz a divisa entre o Brasil (margem direita) e Peru (margem esquerda). De acordo com Defesa Civil, ainda não foi necessário retirar famílias das áreas inundadas.

A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil emitiu comunicado de alerta para a prefeita Iracema Maia (PSD), na segunda-feira.

Alerta

“O alerta é para comunicar as autoridades que a qualquer momento o Sistema Municipal de Respostas de Desastres tem que ser acionado. Enquanto isso, a Defesa Civil está trabalhando no monitoramento. Estamos na fase de transbordamento do rio, bem no início. Benjamin é afetado tanto pelo Rio Solimões como pelo Javari”, explicou coordenadora da Defesa Civil de Benjamin Constant, Gleissimar Castelo Branco.

A maior cheia já registrada na cidade de Benjamin Constant ocorreu 1999, atingindo mais de um terço da cidade e quando o Rio Solimões chegou 13,82 metros. No ano passado, o nível das águas do Solimões alcançou a marca de 13,77m e representando a segunda maior cheia registrada no município.

As subida das águas no rio Javari é accetuada
As subida das águas no rio Javari é acentuada

“Esse ano, de forma atípica, se teve repiquete e quase uma estiagem, mas o nível do Rio Solimões se elevou novamente com média de 40 centímetros por dia e agora começou encher cinco centímetros por dia”, disse a coordenadora.

Tabatinga

Também localizada na fronteira entre Brasil e Colômbia e a 1.108 km de Manaus, Tabatinga é uma das cidades monitoradas durante a cheia do Rio Solimões. Apesar da proximidade com Benjamin Constant, Tabatinga ainda não teve áreas inundadas por conta da cheia deste ano.

O coordenador da Defesa Civil de Tabatinga, José Costa, explicou que os rios Rios Tigre e Ucayali, que integram a Bacia do Rio Solimões, enfrentam seca. A previsão é que as águas do rio não provoquem inundações no município.

“Não esperamos uma grande enchente neste ano. Será uma cheia de média a baixa. Nenhuma comunidade de Tabatinga foi afetada e nenhuma área foi alagada. Temos seis bairros em Tabatinga que geralmente são os primeiros a serem inundados, mas águas estão chegando próximo das residências.

Benjamin Constant o relevo é mais abaixo em relação  ao nível do rio e por isso a população sofre as consequências primeiro do que em Tabatinga”, comentou Costa.

Em 2015, Tabatinga enfrentou uma das cheias mais intensas do Rio Solimões. A cidade ficou parcialmente submersa e famílias foram retiradas de áreas de risco.

 

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