Brasília – Em um texto publicado na página da presidente Dilma Rousseff no Facebook neste sábado 30, a equipe de campanha da petista chama a candidata do PSB, Marina Silva, de “evangélica fervorosa” e aponta “incoerência” e “controvérsia” da ex-senadora.
A candidata é “um grande ponto de interrogação na política”, diz o texto.
O texto critica a postura de Marina de ter voltado atrás ontem na questão da causa gay em seu programa de governo, após ter sido pressionado pelo Pastor Silas Malafaia, e lembra que ela já defendeu o discurso do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), “famoso pelas críticas homofóbicas”.
Citando o uso do jato fantasma na campanha do PSB, o texto afirma ainda que “Marina se utiliza do discurso de fazer uma ‘nova política’ para justificar as velhas práticas usadas por ela e seu partido PSB”. O uso irregular do avião “deixa claro o vazio desse discurso”, conclui o texto. Leia abaixo a íntegra:
INCOERÊNCIA CRÔNICA
A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, é um grande ponto de interrogação na política.
Ontem (29), Marina Silva divulgou seu plano de governo. Não demorou muito para que as controvérsias das propostas da candidata viessem à tona.
Tanto que, hoje (30), voltou atrás e substituiu o trecho sobre os direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais) que integrava o documento.
O texto, que antes dizia que Marina iria defender a que o casamento gay virasse lei, agora cita apenas a garantia dos “direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Evangélica fervorosa, Marina já teve várias opiniões sobre o tema. Em 2010, era contrária e, em 2013, chegou a defender as ações de Marco Feliciano (PSC-SP), famoso pelas críticas homofóbicas.
Outro assunto que a candidata sempre evita comentar é a questão do aborto. Antes condenava com veemência a legalização. Hoje, segundo ela, a decisão deve ser tomada após um plebiscito.
Além disso, Marina se utiliza do discurso de fazer uma “nova política” para justificar as velhas práticas usadas por ela e seu partido PSB.
O uso do avião que vitimou Eduardo Campos e a desculpa de que “não teve interesse em questionar a procedência do avião”, adquirido por meio de empresas fantasmas, deixa claro o vazio deste discurso.
Fonte: Brasil 247