Bolsonaro: Campo de refugiados é solução para venezuelanos

Bolsonaro marcha em solenidade militar no Rio

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, defendeu, neste sábado (24), um rígido controle na entrada de refugiados venezuelanos que chegam ao país. Como medida para tentar resolver o problema, o presidente eleito sugeriu a criação de campos de refugiados.

Bolsonaro falou com a imprensa logo após participar da cerimônia de 73 anos de criação Brigada de Infantaria Paraquedista, na Vila Militar (foto), zona oeste do Rio.

De acordo com informações do repórter Douglas Corrêa, da Agência Brasil, ele afirmou que os venezuelanos fogem de uma ditadura e que o Brasil não pode deixá-los à própria sorte.

“A criação de campos de refugiados, talvez, para atender aos venezuelanos que fogem da ditadura de seu país”, disse durante cerimônia militar no Rio de Janeiro.

Bolsonaro disse que esteve em Roraima por duas vezes ao longo dos últimos quatro anos e que o estado não vai conseguir resolver a situação sozinho.

O presidente eleito disse que faltou ao governo brasileiro se antecipar ao problema e defendeu um controle migratório mais firme de venezuelanos.

“Porque do jeito que estão fugindo da fome e da ditadura, tem gente também que nós não queremos no Brasil.”

Devolução de venezuelanos

Bolsonaro mostrou-se contrário à proposta do governador eleito de Roraima, Antonio Denarium (PSL), que cogita o fechamento da fronteira e defende a criação de um programa de devolução de venezuelanos para o país de origem.

Não são mercadorias

“Eles não são mercadoria nem objeto para serem devolvidos. Se tivesse um governo democrático há algum tempo, nós deveríamos tomar outras providências como, por exemplo, excluir a Venezuela do Mercosul. A Venezuela não pode ser tratada como país democrático”.

O presidente eleito falou também sobre a saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos.

Bolsonaro disse que o governo Temer está realizando uma seleção para contratação de novos médicos para ocupar as vagas deixadas pelos cubanos e que já há número suficiente de profissionais para preencher as vagas.

“Nós não podemos deixar as pessoas no Brasil num regime de semiescravidão, completamente ao arrepio da lei federal. Qualquer um de fora que trabalhe aqui tem que ser submetido às mesmas leis de vocês que estão aqui.

Não pode confiscar salário, não pode afastar famílias. Temos muitos cubanos e cubanas que têm famílias lá em Cuba e já constituíram novas famílias aqui. Este projeto [Mais Médicos] destruiu famílias e nós não podemos admitir isso”, avaliou.

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