Amazonas – A falta de terminal hidroviário e de um porto público dirigido pelo Estado, assim como grande número de assaltos nas embarcações e a inexistência de um local apropriado, para acomodar caminhoneiros em trânsito foram algumas das principais dificuldades apontadas por representantes do setor fluvial, hidroviário e terreste que participaram da Audiência Pública nesta terça-feira (11).
intenção do debate, realizado no auditório Senador João Bosco da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), foi discutir e propor a criação de uma Secretaria Estadual de Transporte.
Coordenada pela Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade da Casa, que tem como presidente o deputado Wanderley Dallas (PMDB), a Audiência Pública foi solicitada também pelos deputados Sidney Leite (Pros) e Adjuto Afonso (PDT), ambos integrantes da Comissão. Os parlamentares defendem a criação de um órgão estadual que administre e coordene o segmento de transporte como um todo no Estado.
Para o Sidney Leite, pode ser uma secretaria, autarquia ou órgão do governoque gerencie o setor de transporte amazonense, seja ele rodoviário, aquaviário até mesmo o terrestre. “Da maneira como está não pode continuar, porque não existe um órgão que administra o segmento de transporte como um todo no Estado e isso é prejudicial, inclusive, para os usuários”, sintetizou.
O deputado Wanderley Dallas disse que, no ano passado, realizou várias audiências públicas com entidades que atuam neste segmento. Diante das demandas apresentadas nesses encontros, Dallas afirmou que observou-se a necessidade de criar uma secretaria para solucionar problemas como, a falta de estrutura nos aeródromos e portos do interior, assim como a insegurança no transporte fluvial em todo Amazonas. “Já existiu uma secretaria no Estado e hoje não mais, portanto, precisamos fazer uma indicação ao governo para que resolva esse problema”, mencionou.
O deputado Adjuto Afonso reforçou, que já existe um projeto sobre essa temática em andamento, mas precisa ser encaminhado para Assembleia Legislativa a fim de que seja discutido, avaliado e votado. “É preciso criar uma regulamentação na área de transportes. Quando isso acontecer vai favorecer muito o setor, pois as empresas poderão pleitear linhas de financiamento”, avaliou.
Linhas regulares
O Comandante da Capitania dos Portos, capitão Almir Ribeiro Guimarães Junior reconhece que existe excesso de passageiros e frisou que é preciso definir linhas regulamentadas entre os municípios. “Temos o maior rio do mundo e nossas estradas são os rios, portanto é inadmissível que aqui se não tenha essa regulamentação”, defendeu, ressaltando que se um dono de barco coloca uma placa lá na Manaus Moderna que vai fazer linha para determinado município ninguém vai lá contestar, questionar se ele está autorizado para fazer esse serviço.
Representantes do Sindicato dos Aquaviários reclamaram dos assaltos que acontecem nas balsas. Segundo eles, a Capitania dos Portos cuida da regularidade dos barcos, mas a polícia não acompanha as balsas em pontos estratégicos, gerando inúmeros prejuízos aos transportadores.
Também participaram do encontro, representantes da Superintendência de Transportes Urbanos de Manaus (SMTU), Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM), Sindicato das Empresas de Transporte de Manaus (Sinetran), entre outros órgãos.
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