Assalto a casa do prefeito foi represália pelo abandono da cidade

Os assaltantes, foram presos em Manaus
Os assaltantes, foram presos em Manaus
Os assaltantes foram presos em Manaus

Manaus – O grupo de assaltantes que visitou a casa do prefeito de Urucurituba, no baixo Amazonas, presos, disseram que o crime foi cometido  por revolta pelo abandono em que a cidade se encontra pelo descaso do prefeito. Ofato é que  nove pessoas suspeitas de participar de um roubo à casa do prefeito de Urucurituba, Pedro Amorim, na Zona Oeste de Manaus,  na tarde de terça-feira (29), foram presas.

 

A Polícia Civil diz que um afilhado e ex-funcionário do prefeito foi o mandante do crime. O suspeito afirmou que falta de infraestrutura da cidade o levou a planejar o roubo. A polícia descarta motivação política.

O afilhado Edimar Farias de Souza, 29; Messias Loureiro dos Anjos, 20; Gabriel de Souza Andrade; Luhkas Alves da Costa, 19; Ângelo Rafael de Souza, 22; Josué Coelho da Rocha Júnior, 21; Rafael Rodrigues Figueira, 28; Elenilson Leite Vasconcelos, 30, e Vitor Belfort Cardoso, de 18 anos, foram detidos pela equipe da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd) quando saiam da casa do prefeito. O imóvel está situado no Conjunto Hiléia, bairro Redenção.

O delegado Adriano Félix, titular da Derfd, contou que os suspeitos foram ao local em dois carros, um Punto e Cross Fox, na tentativa de roubar R$ 600 mil.

Segundo o delegado, ao entrar na casa e não encontrar o dinheiro informado por Edimar, o grupo agiu com violência com a esposa do prefeito, funcionários e vereadores do município que estavam no imóvel. O prefeito havia saído para um compromisso no momento do roubo.

“O Edimar chegou ontem de Rorainópolis [em Roraima] e começou a manter contato com o cunhado e com toda a quadrilha, informando o caminho que o prefeito faria e a quantia que ele levava, que seria de R$ 9 mil. Deste valor, o prefeito deu R$ 2 mil ao Edimar e uma outra parte seria levada para o cofre da casa, juntando a um valor que já estaria lá”, explica o delegado.

O delegaco informou que Edimar justificou o crime dizendo que a cidade de Urucurituba está abandonada e sem infraestrutura e que “nada é feito pelo povo”, no entanto, negou a pretensão de usar o dinheiro roubado para melhorar o que estaria errado no município.

Félix disse ainda que o grupo é de alta periculosidade e já agiu em outros crimes ocorridos em Manaus. “Eu considero o Edimar o mandante do crime, que arquitetou todos os integrantes dessa ação criminosa de alta periculosidade. Inclusive, um dos indivíduos, conhecido como Vitinho, que participou do duplo latrocínio da distribuidora Ótimo, passou 45 dias no Dagmar Feitoza e, a partir da saída dele, a equipe da Derfd começou a investigação [do grupo]”, afirma.

Na delegacoa, Vitinho e os outros integrantes do quadrilha não quiseram comentar a acusação.

Outros crimes

Conforme o titular da Derfd, a arma apreendida com o grupo foi utilizada no latrocínio ocorrido na Distribuidora Ótimo, no bairro Alvorada e latrocínio no bairro Aleixo, que vitimou pai e filho, além de ter sido usada no homicídio de um policial militar no Pará. A arma foi encaminhada para a Perícia Técnica.

O grupo foi autuado em flagrante por roubo majorado e associação criminosa. Todos devem ser encaminhados à Cadeia Pública Raimundo Vidal Pessoa, no Centro da capital.

Amazonianarede-JAM

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