Amazonianarede – Acritica.com
Manaus – O amazonense Cleuter Barreto Barros é um dos 12 corinthianos presos na cadeia da cidade de Oruro, na Bolívia. Ele e outro jovem torcedor do timão chamado Leandroda Silva de Oliveira, foram acusados de homicídio culposo pela morte do jovem Kevín Beltran Espada, morto ao ser atingido por um sinalizador durante o jogo do Corinthians e San Jose, na última quarta-feira (20).
Por telefone, o irmão de Cleuter, Carlos Augusto Barreto confirmou a prisão de Cleuter e diz que a família está tentando se organizar para viajar à Bolívia. “Não estamos recebendo ajuda nenhuma do governo, vamos ver aqui”, comentou Carlos. Ele também confirmou que o irmão estava passando uma temporada em São Paulo, para acompanhar o time do coração de perto e conhecer melhor a Gaviões da Fiel.
Carlos Barreto acredita na inocência de Cleuter. “É claro que meu irmão é inocente! A família está muito abalada com esta história”, lamentou.
Tragédia
Durante a partida entre Corinthians e San Jose, na cidade de Oruro, na Bolívia, Kevín Beltran Spada foi atingido por um sinalizador lançado de onde se encontrava a torcida do Corinthians. O incidente ocorreu logo após o gol do time brasileiro.
A situação de Cleuter e Leandro da Silva de Oliveira ficou mais complicada pois, segundo informações do UOL Esportes, foi encontrado vestígio de pólvora nas mãos dos dois jovens. Ainda, o sinalizador usado no disparo não é vendido e nem fabricado na Bolívia, o que corrobora com a versão da polícia boliviana de que o disparo do sinalizador não só saiu da torcida corinthiana como também foi levado do Brasil para o país.
Prisão preventiva
O juiz Cautelar Julio Huarachi Pozo decidiu mantêr os brasileiros presos na última sexta-feira (22). Ele alegou que a medida visava a segurança das investigações, pois segundo o mesmo “é muito fácil sair da Bolívia”. Ele ainda reconheceu que as provas contra os torcedores do Corinthias não são contundentes, mas que vai aguardar as investigações.
Cleuter e Leandro da Silva de Oliveira estão sendo indiciados por homicídio culposo e os outros dez brasileiros são acusados de cumplicidade ao tentar esconder da polícia os autores do disparo.
Eles permanecerão presos por tempo indeterminado, até o ministério público boliviano juntar as provas do processo. Dois corinthianos estão sendo processados por homicídio culposo e os outros dez por cumplicidade no crime.