Alvo de foguetes, Israel retoma ofensiva. E Hamas diz aceitar trégua

27-07hamasGoverno israelense suspendeu cessar-fogo após o lançamento de 25 foguetes contra seu território. Horas depois, radicais disseram que aceitam proposta da ONU.
Poucas horas após Israel decidir retomar a ofensiva na Faixa de Gaza, o Hamas afirmou que aceita um cessar-fogo de 24 horas mediado pela ONU na região. O governo israelense decidira no sábado estender a trégua humanitária até a meia-noite deste domingo no horário local (18 horas de Brasília), mas a medida foi anulada em vista do lançamento de 25 foguetes do Hamas contra seu território. Israel ainda não se pronunciou sobre a oferta do Hamas. Um porta-voz dos radicais islâmicos que controlam Gaza afirmou que o cessar-fogo teria início às 14 horas locais (8 horas em Brasília).

“Depois do disparo incessante de foguetes pelo Hamas durante a trégua humanitária (declarada unilateralmente à meia-noite por Israel), o Exército retoma agora as atividades por ar, terra e mar na Faixa de Gaza”, diz comunicado oficial israelense. A nota pede à população civil palestina para não se aproximar das zonas de combate. A solicitação para que o período de cessar-fogo fosse ampliado foi feita pela ONU. Uma nova reunião do gabinete israelense será realizada neste domingo para discutir os próximos passos da operação militar destinada a conter o lançamento de foguetes a partir de Gaza.

Uma fonte militar consultada pela agência EFE comentou, após o lançamento de foguetes no começo da manhã contra a região metropolitana de Tel Aviv, que “parece que o Hamas não está interessado na trégua humanitária”. “O Exército se conteve bastante e, durante horas, o Hamas lançou foguetes contra Ashdod, Ashkelon, Tel Aviv, Petahtikva e a região de Hasharon”, acrescentou a fonte, que lembrou a morte de um militar na noite de sábado por uma bomba.

Desde o início da operação ‘Limite Protetor’, no dia 8 deste mês, mais de 1.000 palestinos já morreram e quase 6.000 foram feridos, segundo fontes médicas em Gaza. As autoridades israelenses afirmam que 42 pessoas, incluindo dois civis, foram mortos no mesmo período. Na frente diplomática, seguem os esforços internacionais em busca de um acordo de longo prazo. Neste sábado, o secretário de Estado americano John Kerry reuniu-se em Paris com os ministros de Relações Exteriores de França, Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, Turquia e Catar. Setenta pessoas foram presas durante uma manifestação pró-Palestina que reuniu milhares de pessoas, desafiando a proibição imposta pelo governo para evitar distúrbios e demonstrações antissemitas.

Fonte: Agência EFE

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