Aliados na CMM defendem Arthur Neto da delação de Claudio Filho

Aliados fazem a defesa do prefeito Arthur Neto, na CMM
Aliados fazem a defesa do prefeito Arthur Neto, na CMM

Manaus, AM – A bancada  aliada do prefeito Arthur Neto, na Câmara Municipal de Manaus, ocupou a tribuna do Legislativo Municipal,   para defender o tucano das acusações de que teria recebido propina de R$ 300 mil da construtora Odebrecht, conforme informações da delação premiada do ex-executivo da empresa, Cláudio Melo Filho, que vieram à tona no fim de semana. Conforme os parlamentares, tudo corre dentro da “tranquilidade na administração do prefeito”.

A defesa veio pelos discursos do líder de Arthur na casa, Elias Emanuel, e de Luís Alberto Carijó, ambos do PSDB, além de Mário Frota (PHS). Segundo eles, o prefeito não recebeu os recursos de forma ilícita como afirma a delação e argumentaram que, como a doação aconteceu em 2010, ano em que ainda não havia sido feita a minirreforma eleitoral, que impede doação financeira por empresas, o ato não se configura como ilegal e em nada prejudica a atual gestão, que foi reeleita com votação expressiva em outubro.

Mário Frota destacou, inclusive, que no período em que aconteceu a doação, a transferência de valores era permitida e que o prefeito Arthur nunca negou o recebimento da verba. “Ele recebeu R$ 80 mil e não R$ 300 mil como foi divulgado. A Vanessa Grazziotin recebeu R$ 6 milhões e não declarou à Justiça Eleitoral”, disse. O vereador acrescentou que, quando acontecem doações irregulares, as empresas “ganham” algo em troca, o que, segundo ele, não aconteceu em Manaus. “Empresas doam dinheiro e exigem que sejam feitas obras no município. Mas em Manaus não tem um palmo de asfalto feito pela Odebrecht, nem calçadas e nem asfaltos”, disse. “Não há cabimento na acusação do prefeito Arthur ter obtido ilegalmente esse dinheiro em caixa 2. A delação se equivocou”, acrescentou.

Ao falar sobre o afastamento do prefeito do cargo, Frota classificou como a “maior estupidez humana” e que não há motivo para renúncia. “O que eu acho criminoso é a empresa doar dinheiro e em compensação ter que ganhar a licitação de obras na cidade”, disse.

Elias Emanuel, por sua vez, informou que não é o prefeito Arthur Neto que ironiza a Operação Lava Jato e, sim, o Partido do Trabalhadores (PT). Durante a defesa do prefeito, o parlamentar lembrou que a eleição deste ano foi a primeira que proibiu doações de empresas e pessoas jurídicas. “Em 2010, no ano em que aconteceu aquela doação, o então senador Arthur Neto nem logrou êxito. Ele perdeu e foi levado a exílio em Portugal pelo governo Dilma. Mas, nesta última eleição, foi reconduzido pela segunda vez ao cargo de prefeito”, ressaltou o vereador.

Sobre a doação, ele indaga: “Que motivo teria a Odebrecht para fazer essa gentileza ao candidato ao Senado e não pedir sequer um metro de sarjeta para construir. O prefeito está tranquilo nessa investigação. A maioria dos investigados que estão presos em Curitiba não é do PSDB”, afirmou, ao dizer que é o ex-presidente Lula que deveria estar preso por ser réu em diversos casos.

Elias relembrou ainda que a vitória de Arthur nas urnas deve-se a não se abraçar com a maioria das lideranças políticas constituídas no Estado e destacou que a administração municipal se orgulha de manter os pagamentos em dia e de antecipar o 13º de seus funcionários, mesmo com a crise econômica no Brasil.

Já Carijó informou que a Lava Jato não tem nenhuma relação com o prefeito. “Arthur Neto é reconhecido nacionalmente e essa situação não se relaciona com o atual processo político, e não desabona a conduta dele”, disse.

Ao falar sobre os pedidos de renúncia da oposição, ele acredita que essa possibilidade não tem cabimento, já que Arthur foi reeleito recentemente. “Nós estamos vivendo uma crise constitucional que pede equilíbrio. Mas a Lava Jato tem que continuar”, opinou.

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