Manaus, AM – O loteamento Águas Claras, no bairro Novo Aleixo, Zona Norte, será o próximo contemplado pelo Projeto Espaço Verde na Comunidade, desenvolvido pela Prefeitura de Manaus. O projeto contemplará de uma só vez duas áreas verdes do loteamento, situadas na avenida Perimetral, a principal da localidade, com intervenções de recuperação de vegetação e implantação de equipamentos públicos como iluminação a LED, pista de caminhada, academia ao ar livre e playground em trechos degradados.
O projeto é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e será viabilizado por meio de compensação ambiental, determinada pela Vara Especializada em Meio Ambiente e Questões Agrárias (Vemaqa), do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).
Na última sexta-feira, 6, uma equipe da Divisão de Educação Ambiental (Diea) da Semmas deu início à realização do diagnóstico socioambiental para implantação do projeto no loteamento. O objetivo do diagnóstico é levantar informações sobre as expectativas dos moradores em relação às áreas verdes e verificar o grau de envolvimento da comunidade com a proteção dos espaços.
Foram aplicados 50 questionários junto a moradores residentes no entorno das duas áreas verdes. “O projeto tem como princípio envolver a comunidade em todas as etapas do processo de implantação, desde a apresentação e discussão dos projetos executivos até a implantação propriamente dita das intervenções, com a finalidade de fazer com que a comunidade se sinta dona e responsável pela área verde”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Itamar de Oliveira Mar.
Juntas, as duas áreas somam 7.329,36 metros quadrados, tendo a primeira 3.326,01 metros quadrados e 346,67 metros de perímetro, e a segunda 4.003,35 metros quadrados, com 375,15 metros de perímetro, de acordo com levantamento topográfico realizado pelo Departamento de Gestão Territorial e Ambiental (DGTA) da Semmas.
Na aplicação dos questionários, são feitas perguntas sobre o perfil dos entrevistados, renda familiar, quais os usos feitos da área e as opções mais adequadas para a conservação do espaço, na opinião dos entrevistados. “O levantamento é feito com a finalidade de entender o uso atual da área verde e o uso futuro, levando em consideração a necessidade de preservação do meio ambiente”, explica o diretor de Áreas Protegidas da Semmas, Marcio Bentes.
Um dos moradores ouvidos pelos técnicos da Diea, Edson de Souza, 45, ficou entusiasmado com a notícia da implantação do projeto. Segundo ele, a área verde vem sendo utilizada por bandidos para prática de delitos e usuários de droga porque não tem iluminação. “Nem sabia que era uma área verde e que dever ser protegida. Com essa iniciativa, a Prefeitura vai valorizar o bairro e essas áreas permanecerão conservadas para os nossos filhos e netos”, afirma.
Quinze quadras, com um total de 252 lotes do loteamento, serão beneficiadas diretamente pelo projeto por estarem situadas no entorno das áreas. “O loteamento possui outras áreas verdes que infelizmente sofreram ocupações irregulares e é fundamental que preservemos o que ainda é possível”, afirmou Bentes.
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