Agricultores familiares participam de cursos de planejamento da propriedade rural e práticas agroecológicas

Com o objetivo de apresentar aos agricultores familiares uma base de conhecimentos para o planejamento e administração da propriedade rural, incluindo aspectos tecnológicos da produção, gestão da propriedade, comercialização dos produtos e organização comunitária, a fim de fortalecer o desenvolvimento da agricultura familiar, a Embrapa Amazônia Ocidental, realizou curso sobre Planejamento e Administração da Unidade de Produção Familiar.

O curso foi oferecido a agricultores familiares, através do projeto Ajuri Agroflorestal.

Nos dias 13 e 14 de maio de 2013, no ramal Cristiano de Paula (acesso pelo Km 21 da rodovia BR 174, Manaus-Boa Vista) aconteceu uma edição deste curso para agricultores do assentamento Tarumã mirim. O conteúdo é ministrado pela agrônoma Rosangela Reis e o economista Olenilson Pinheiro, ambos pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental.

Nos dias 22 e 23 de abril, outro curso sobre Planejamento e Administração da Unidade de Produção Familiar também foi apresentado para agricultores da Associação do ramal do Pau-Rosa (Asamor), ministrado pelas pesquisadoras da Embrapa Amazônia Ocidental, Rosângela Reis e Mirza Pereira.

Nos dias 6 a 8 de maio, agricultores da Associação do ramal do Pau-Rosa (Asamor) também participaram de curso sobre Agroecologia 1 – Construção e Manutenção da Saúde do Solo, ministrado pela pesquisadora Elisa Wandelli. Neste curso se busca compartilhar com os agricultores informações para entender os princípios da sustentabilidade rural e o funcionamento de processos de manutenção e construção da saúde do solo na Amazônia, assim como a orientação sobre o uso de leguminosas arbóreas para recuperar a fertilidade do solo e implantar técnicas agroecológicas de compostagem, biofertilizante e adubação verde.

Todos esses cursos fazem parte da programação de capacitações oferecidas pelo projeto Ajuri Agroflorestal, coordenado pela Embrapa Amazônia Ocidental, sob liderança da pesquisadora Elisa Wandelli. O objetivo do projeto Ajuri Agroflorestal é sistematizar, aprimorar e implementar tecnologias agroflorestais para promover a soberania alimentar, a geração de renda e a recuperação dos serviços ambientais de comunidades rurais do território de Manaus e entorno.

Uma das estratégias do projeto é a união entre instituições de pesquisa científica, de extensão rural, de comunidades de agricultores familiares, em torno de conhecimentos agroflorestais e práticas sustentáveis para recuperação de áreas degradadas de assentamentos rurais. O nome do projeto “’ajuri” refere-se a uma palavra de origem de indígena que significa mutirão ou reunião para trabalho em conjunto.

É característica do projeto também estimular o auxílio mútuo entre os agricultores vizinhos e comunidades, através da prática tradicional do “ajuri”, em que uns colaboram com outros nas atividades que demandam mais mão de obra.

O projeto estimula a realização de ajuris entre os agricultores que participam dos cursos, como forma de fixar os conteúdos e colocar em prática os conhecimentos sobre práticas agroecológicas, entre elas a produção de compostagem orgânica, biofertilizante, plantio de leguminosas (foto) para adubação verde e troca de sementes crioulas.

São parceiros no projeto Ajuri Agroflorestal, a Associação de Agricultores Orgânicos do Amazonas (Apoam), curso de Agroecologia do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e técnicos da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab).

O projeto Ajuri Agroflorestal conta com recursos da Embrapa, aprovado em edital do macroprograma 6 de Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura Familiar e à Sustentabilidade do Meio Rural, e conta com aporte de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) para realização de atividades que irão culminar com a oficina de “Museu Vivo de Construção e Manutenção da Fertilidade dos Solos Amazônidas” durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro de 2013.

(Embrapa)

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