Amazonas – Os adolescentes que estavam perdidos desde o ia 23, na Reserva Florestal Adolpho Ducke foram resgatados na noite desta sexta (25). Mais cedo, três familiares haviam entrado na reserva para procurar os jovens e também se perderam. Elas também foram resgatadas.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, o resgate ocorreu por volta das 20h. O grupo foi localizado a cerca de 4 km da saída da reserva, que fica na Zona Rural de Manaus. As pessoas foram resgatadas sem ferimentos graves. No entanto, o grupo estava abatido e foi encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo, na Zona Leste da capital.
De acordo com informações repassadas pelo major dos bombeiros, Jackson França, na tarde desta sexta-feira (25), parentes dos dois adolescentes de 13 anos, entraram na mata por conta própria para fazer o resgate. Eles encontraram os dois jovens, mas acabaram perdendo o caminho de volta.
Amigos dos familiares dos meninos informaram que após o trio localizar os desaparecidos, conseguiram ainda ligar para mãe de um deles informando sobre o resgate. Contudo, após a ligação todos se perderam.
Um dos desaparecidos estuda na Escola Municipal Dr Aristófanes Bezerra de Castro, que é vizinha a reserva. De acordo com a psicopedagoga da unidade de ensino, Cleide de Araujo Couto, algumas vezes, os adolescentes saem da escola para passear na reserva. “A escola fica fronteira com a mata. Então, é fácil eles saírem da escola e irem para lá, mas este não foi o caso. Ele é um aluno especial, tem algumas deficiências intelectual, dificuldade de aprendizado, mas sempre vai para as aulas e é tranquilo”, afirmou a psicopedagoga.
Uma amiga da família do estudante, que não quis se identificar, explicou que o jovem saiu com os amigos de casa para tomar banho de igarapé na reserva. “Na quarta (23) não teve aula para eles. Ele estava na casa de um amiguinho, todos jogando video-game, e fizeram o levante para ir para o igarapé. Foram seis, quatro voltaram e os dois não. Aí começaram as informações desencontradas, uns disseram que estavam voltando e se perderam, outros disseram que encontraram ‘galerosos’ e saíram correndo com medo pela mata. Teve várias histórias”, explicou.
Ela explicou que muitos alunos deixam de ir para aula, para poder se divertir no igarapé dentro da reserva. “A escola fica próxima da última rua que dá para a mata. Eles entram pelos quintais das casas localizadas nesta rua, que já da para a reserva. Eles matam aula pra ir tomar banho de igarapé”, afirmou.
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