Abatedouros clandestinos lacrados no Apuí vão continuar fechados

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Amazonianarede/Portal do Apuí

Apuí, AM – Os quatro matadouros e uma fábrica de charque que funcionavam de forma irregular na cidade de Apuí, deverão continuar lacrados. Nesta sexta-feira (28), fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) se reuniram com a juíza Kathleen dos Santos Gomes, que responde pela Comarca do município, para informar à magistrada sobre a interdição dos abatedouros clandestinos de bovinos e suínos na sede do município, no meio da semana passada.

Segundo o órgão, por enquanto a população terá de comprar carne em outras cidades. A ação contou com a parceria da Polícia Militar (PM) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que autuou os responsáveis pelos serviços.

De acordo com a magistrada, que recebeu informações e viu fotos da fiscalização, é importante obter mais dados sobre a situação na cidade, cuja carne é o primeiro produto da economia, e conscientizar a população para os riscos quando consome carne de procedência irregular (adquirir doenças como brucelose, leptospirose, cisticercose, listeriose, verminose, além de infecções por Escherichia Coli e salmonela).

Kathleen Gomes deverá reunir documentos e encaminhar o expediente ao procurador-geral do Estado, Francisco Cruz, e ao Ministério Público de Apuí, para que tomem providências em relação ao caso, e também à Delegacia de Polícia Civil, para que não haja descumprimento das interdições feitas pelos fiscais.

Auditoria

O fiscal federal agropecuário, Daniel Gustavo Bez, informou que a auditoria do Ministério da Agricultura é rotina junto às indústrias e feita pelo órgão porque Apuí não possui Serviço de Inspeção Municipal, mas que, ainda assim, deu alvará de funcionamento aos abatedouros, mesmo sem estarem registrados.

“A fiscalização do comércio de carne cabe à Vigilância Sanitária, que deve indagar qual a procedência do produto, que pode inclusive estar vindo de abate feito no mato, agora que houve a interdição dos matadouros”, alertou.
Durante a inspeção foram identificadas condições de higiene precária, como fezes de rato e cães andando próximo à carne que seria distribuída. Foram constatados ainda problemas como a falta de tratamento de resíduos e fossa cheia, com o chorume contaminando solo e rios.

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